Lateral esquerdo Vicente foi um dos mais criticados e pouco pode fazer para evitar derrota coritibana| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

LANCE A LANCE: Acompanhe a ficha técnica e os principais lances da derrota alviverde

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O Coritiba perdeu a segunda partida neste Campeonato Brasileiro. A equipe entrou com time misto, com o foco na decisão contra a Ponte Preta pela Copa do Brasil, e acabou sendo presa fácil do Santo André. A vitória da equipe paulista por 4 a 2 a deixou temporariamente na liderança da Série A, com quatro pontos. Já o Alviverde foi jogado para a outra extremidade da tabela, na 20ª e última posição, com nenhum ponto em duas rodadas.

O início apresentava um outro panorama, já que o Coxa abriu o placar logo nos primeiros lances com Renatinho. Apesar de fria, a noite prometia ser de festa, mas em 13 minutos o Santo André conseguiu a virada com Pablo Escobar e Antônio Flávio. As críticas e o nervosismo aumentaram, e mais uma vez os visitantes aproveitaram, por imtermédio de Marcelinho Carioca, para fechar o primeiro tempo com 3 a 1 no marcador, mesmo com um homem a menos em campo.

Na etapa final esperava-se uma reação, e o técnico René Simões colocou três importantes titulares no gramado, todavia os erros nas conclusões e nos cruzamentos pouco ajudaram. No contra-ataque, Bruno César fez o quarto do Santo André. Nos minutos finais, Marcelinho Paraíba diminuiu, e o Verdão ainda teve chances de marcar, mas falhou e a derrota foi confirmada.

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Mesmo com a preocupação com o Brasileirão, o Coritiba agora volta as suas atenções para o jogo de terça-feira, no Couto Pereira, contra a Macaca, valendo vaga na semifinal da Copa do Brasil. Pelo Nacional o time coritibano tentará a reabilitação no dia 24 de maio, contra o Avaí, em Florianópolis. Já o Santo André tenta manter o embalo no mesmo dia, recebendo o Flamengo em casa.

Coxa larga na frente, mas sonolência defensiva propicia a virada

Nem mesmo o frio e o time misto fizeram o torcedor do Coritiba deixar de ir ao Couto Pereira. Pelo menos antes da bola rolar, a torcida gostou de rever as atuações de alguns jogadores há muito na reserva, como o goleiro Edson Bastos e o atacante Hugo. Mas ao final dos primeiros 45 minutos, estes e outros coritibanos saíram vaiados do gramado.

O Alviverde começou demonstrando vontade e abriu o placar sem dificuldades, aos quatro minutos. Após cruzamento de Rodrigo Heffner, Renatinho apareceu na área e tocou contra o gol do goleiro Neneca. Parecia que a reabilitação viria com facilidade. Entretanto a abertura do marcador acordou o time paulista, que apertou a marcação e passou a pressionar. Também sem dificuldades, Pablo Escobar apareceu na área aos 10 minutos e cabeceou para empatar.

As duas defesas pareciam não estar inspiradas mesmo. Logo depois, o zagueiro Marcel se atrapalhou com Neneca e Hugo tentou por cobertura, mas o goleiro do Santo André se recuperou. A chance perdida custou caro. Pablo Escobar puxou contra-ataque e chutou, Antônio Flávio desviou de cabeça e virou o placar. A virada no panorama do jogo e no resultado acabou logo com a paciência da torcida coxa-branca.

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A equipe de René Simões partiu para o abafa, pressionou e insistiu muito nos chutes de longa distância e nos cruzamentos na área. Muito pouco para chegar ao empate, porém parecia que pelo menos a igualdade poderia ser alcançada no primeiro tempo. Isto se o experiente Edson Bastos não tivesse também feito uma "lambança". Tentou sair jogando com os pés e deu um toque errado para Felipe, que acabou nos pés de Marcelinho Carioca, e o veterano fez o terceiro gol.

Três minutos após mais um gol dos visitantes, dois lances que deram um alento aos coritibanos. Aos 40, Gustavo Nery foi derrubado na área por Marcos Aurélio e o árbitro Antônio Hora Filho nada marcou. No lance seguinte, o lateral direito Júnior Caiçara acabou expulso, depois da segunda falta seguida em Vicente. Com um a mais em campo, esperava-se uma reação do Alviverde, que jogaria um tempo inteiro com um jogador a mais. Com os resultados naquele momento, o Santo André ficava no topo da tabela, enquanto o Coxa era o lanterna.

Titulares entram, pressão aumenta, porém nada de virada

René Simões lançou mão da sua principal arma no intervalo, colocando Marcelinho Paraíba no lugar de Pedro Ken. A alteração até deu mais qualidade e a pressão vista no primeiro tempo prosseguiu na etapa complementar. Contudo, ao invés de jogar com velocidade, girando a bola e envolvendo o adversário, o Alviverde seguiu insistindo em cruzamentos na área e arremates descalibrados de longa distância.

Esta tática dos donos da casa facilitou a vida do Santo André, que com um a menos priorizou a defesa, procurando espaço e oportunidade para contra-atacar. Sem ver o segundo gol, o técnico do Coxa colocou Ariel Nahuelpan e Leandro Donizete nas vagas de Hugo e Vicente, porém pouco se alterou a partida. Nas poucas penetrações que o ataque coritibano conseguiu, faltou qualidade e uma dose de sorte. Que o digam Rodrigo Heffner e Dirceu.

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Nem nas bolas paradas o Verdão estava conseguindo anotar. Marcelinho Paraíba chegou a acertar o travessão de Neneca, e o tempo ia se esvaindo, aumentando a impaciência da torcida e o nervosismo dos jogadores. Quando encaixou contra-ataques, o time visitante assustou. No terceiro deles, Gustavo Nery achou Bruno César livre na área, aos 38 minutos, e o atacante só teve o trabalho de mandar para as redes de Edson Bastos.

Um minuto depois, quando alguns torcedores já iam deixando o estádio, Marcos Aurélio fez jogada individual e chutou, Neneca deu rebote e Marcelinho Paraíba diminuiu. O gol encheu o Verdão de moral mais uma vez, e o terceiro quase veio no lance seguinte. Ariel recebeu um cruzamento preciso e cabeceou firme, contudo Neneca salvou com uma bonita defesa. Em seguida Nunes perdeu um gol incrível, que seria o quinto dos visitantes.

A última chance do jogo foi de Ariel, mandando uma bomba no meio do gol, contudo a noite não era alviverde. Segunda derrota em dois jogos e a lanterna está nas mãos do Coritiba.