Preparador físico do Coritiba acredita que sem precisar viajar, time ganha tempo para aprimorar condicionamento| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo

Preparo ainda não é ideal

De acordo com Glydiston Ananias, o time ainda não está na condição física ideal. "Ainda não está no ideal do que a gente quer, principalmente no que se refere a velocidade e potencia. Mas eles estão evoluindo bem. A cada jogo percebemos a melhora".

"No início da temporada demos uma base para o time, para depois treinarmos mais forte em outros quesitos. Devido a essa situação, de já no segundo mês encarar essa maratona, ficou complicado avançar no preparo. A partir de agora começamos a aprimorar outras valências físicas, que exigem um pouco mais da musculatura", completou o preparador físico alviverde. (ELK)

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Quase nove mil quilômetros percorridos em fevereiro e apenas 814,4 quilômetros em março. Se neste mês a delegação do Coritiba teve que enfrentar uma cansativa maratona de jogos longe do estádio Couto Pereira, passando por várias cidades do interior do Paraná no Campeonato Paranaense e chegando até Manaus-AM, pela Copa do Brasil, em março tudo será diferente.Durante as próximas seis rodadas – todas com adversários e datas já definidos – o alviverde não sairá de Curitiba e vai percorrer apenas 14,4 km, bem diferente dos 8.567 km enfrentados nos últimos jogos. Quatro partidas serão no Couto Pereira (contra Cascavel, Cianorte e Nacional, pelo Paranaense, e Holanda, pela Copa do Brasil) e outras duas contra adversários curitibanos. Também pelo Estadual, o Coritiba enfrenta o J.Malucelli, no Eco Estádio Janguitto Malucelli, e Paraná Clube, na Vila Capanema.Apenas no dia 25 de março – o sétimo jogo, primeiro após esta série - o Coritiba vai jogar longe de Curitiba. Na ocasião, última rodada da 1ª fase, o alviverde encara o Londrina no estádio do Café. Contudo, se mantiver a segunda posição na classificação da 1ª fase do Paranaense, pela tabela divulgada pela Federação Paranaense de Futebol, o alviverde jogará mais duas partidas seguidas no Couto Pereira (28 ou 29 de março, na 1ª rodada, e 31, 1º ou 2 de abril, pela 2ª rodada da 2ª fase).

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A disparidade dos números assusta. De acordo com o site Google Maps, a distância percorrida pelo Coritiba nas próximas seis rodadas, tendo como ponto de partida o seu estádio, será de 5,1 km até o Parque Barigui (local do estádio do Jotinha) e 2,1 km até o estádio Durival Britto e Silva. Considerando as três rodadas seguintes (incluindo o jogo contra o Tubarão e a possível classificação do time na 2ª colocação) a distância aumentaria em apenas 800 km (cerca de 400 km em cada trecho), pouco se comparado com o percorrido nos jogos anteriores.

A possibilidade de permanecer a cidade por muitos dias, sem ter que encarar grandes distâncias de ônibus ou de avião, deve significar um ganho na preparação física do time. "A verdade é que você ganha muito. O tempo perdido em viagens, aeroportos e ônibus é grande e você poderia utilizar esse tempo, cerca de cinco ou seis horas, com treinamentos, mesmo que um pouco mais leves. A recuperação após os jogos também é bem mais rápida se você não precisa viajar", garantiu o preparador físico alviverde, Glydiston Ananias, à Gazeta do Povo Online.

Segundo ele, o time passou ileso pela ingrata maratona de jogos fora de Curitiba. "Acho que temos que comemorar o fato de termos passado por essa fase de maneira positiva. A projeção era assustadora. Jogar no calor de Foz, depois em Paranavaí, Manaus e Beltrão e não perder nenhum jogador, é um sinal de que as coisas vão bem".

Ficar em Curitiba deve significar um up grade no condicionamento físico Coxa. "Quando você tem essas viagens, os regenerativos são muito importantes, mas ficam prejudicados. Se não conseguirmos realizar esse trabalho logo após o jogo – já que o time precisa entrar logo no avião ou no ônibus, temos um prejuízo na recuperação dos jogadores, que ficam debilitados após os jogos. Jogando em casa, temos mais chances de realizar esse trabalho completo", completou Ananias.