Caio deixou o Coritiba no início desse ano em baixa com a torcida. Depois de duas temporadas como uma das principais referências da equipe, o meia não foi inocentado pelo rebaixamento de 2005 e a permanência fora da elite no ano passado.
Agora, após cinco meses de empréstimo ao Al Ahly, da Arábia Saudita, o jogador voltou ao Couto Pereira (tem contrato com o Alviverde até o fim de 2007), mas ainda não sabe se é para jogar na Série B.
O seu alto salário R$ 50 mil mensais está fora dos padrões da Segunda Divisão brasileira. Ele começa a treinar hoje junto com o elenco, mas só depois de uma negociação definitiva com a diretoria é que vai saber seu destino.
À paisana, sem o uniforme de treinamento, Caio passeou pelo estádio do Alto da Glória. Reencontrou companheiros, integrantes da comissão técnica e funcionários do clube. Quando conversou com os jornalistas, o meia não demonstrou muito interesse em abaixar o valor de seu contra-cheque.
"Todo mundo sabe que gosto muito do Coritiba e tenho orgulho de vestir essa camisa. Falam que sou mercenário, mas ninguém sabe que por duas vezes acertei com o clube mesmo tendo propostas de outros times do Brasil para ganhar muito mais", revela ele, que foi artilheiro e campeão no Oriente Médio.
Até agora, Caio só recebeu uma única orientação do presidente Giovani Gionédis: começar a treinar hoje. A ausência de propostas para compra do jogador conformam o dirigente a reintegrá-lo ao elenco, antes mesmo de uma negociação com o jogador.
"Não acredito em propostas porque senão elas já teriam aparecido. O Caio é jogador do Coritiba e seu contrato será cumprido. Ele será útil e tem credibilidade", avisa Gionédis, que descarta a hipótese do Coxa ter de esperar até a janela de transferências internacionais (entre julho e agosto) para utilizar Caio. "Ele está voltando de empréstimo. Não se trata de uma transferência", pondera.
Por enquanto, ao mesmo tempo que aguarda uma solução definitiva para sua situação, Caio se diverte contando as histórias que viveu na Arábia Saudita. As restrições impostas pelo islamismo (religião oficial do país) colocam uma adversidade a mais para adaptação de um brasileiro.
"Minha esposa teve de andar com o rosto coberto como todas as outras. Já os homens, podem usar roupas normais, mas não há muito o que fazer. Nos vários momentos de orações tudo é fechado", conta, não demonstrando muitas saudades.
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