O risco do rebaixamento está iminente no Alto da Glória. Após uma nova derrota no Campeonato Brasileiro, por 1 a 0 contra o Atlético-MG, o Coritiba segue dependendo de seus próprios esforços para fugir do grupo dos quatro times que serão rebaixados para a 2.ª divisão.
De acordo com o site Infobola, o matemático e estatístico, Tristão Garcia, afirma que o alviverde tem 66% de chances de cair para a segundona. "Mesmo assim o Coritiba só depende dele mesmo para fugir da degola. Se vencer os dois jogos restantes, o time paranaense foge do rebaixamento", afirmou Garcia à rádio CBN.
O Coritiba pode sair da zona de rebaixamento se vencer o próximo jogo contra o São Caetano. Se o placar for mínimo, 1 a 0, os dois provocam um fato curioso: empatam em todos os critérios. Serão 41 jogos, 13 vitórias, 9 empates e 19 derrotas. 50 marcados e 49 sofridos, com saldo negativo de 9 gols.
O único critério de desempate restante é o confronto direto e nesse quesito o alviverde finalmente fica na frente. No primeiro turno houve um empate e, caso vença, o Coritiba fica fora da zona de rebaixamento. É claro que derrotas do Figueirense e da Ponte Preta facilitam muito o trabalho do Coritiba.
Perdas
Caso o Coritiba caia para a 2.ª divisão, as finanças do clube serão diretamente afetadas. A principal renda da maioria dos clubes vem das cotas de transmissão da televisão e se for rebaixado, o valor será reduzido em 25%. "Todo o planejamento, seja ele financeiro ou no futebol, está pendente. As decisões só serão tomadas com a confirmação do Coritiba na 1.ª divisão", afirmou o secretário executivo do Coritiba, Luiz Henrique de Barbosa Jorge, conhecido por "Espeto".
A cota atual do Coritiba é de R$ 11 milhões anuais. "Vamos falar de hipóteses então, já que o Coritiba não será rebaixado. Que eu saiba haveria uma redução de 25% neste valor no primeiro ano disputado na 2.ª divisão, 50% no segundo ano e o restante no terceiro. O Sport Recife, por exemplo, ainda recebeu dinheiro das cotas em 2005. No ano que vem, não receberá mais", afirmou Espeto.
Outras duas fontes de renda ainda estão pendentes de negociação. O fornecimento de material esportivo, atualmente com a empresa Penalty, e o patrocínio das camisas, com a empresa de telefonia Claro. "Os dois contratos vencem no final deste ano. A Claro não será mais o patrocinador, já que a empresa pretende focar suas ações de marketing para outro estado. No caso dos materiais esportivos, a Penalty tem a preferência contratual, mas recebemos várias propostas e só decidiremos após o término do Brasileirão", disse.
O único patrocínio confirmado, e que tem validade de 3 anos, é com a distribuidora de combustíveis Potencial, que rende cerca de R$ 25 mil por mês e estampa as mangas das camisas.
Invasão alviverde
A diretoria do Coritiba está incentivando como pode a ida de torcedores para a cidade de São Caetano do Sul, onde jogam São Caetano e Coritiba no próximo domingo. "Já conseguimos lotar 20 ônibus de torcedores para este jogo. Nós temos plenas condições de vencer e já ficou provado que com o apoio da torcida nós superamos os desafios", entusiasmou-se Espeto.
O preço da viagem é de apenas R$ 20 para cada torcedor, com direito ao ingresso da partida. Os ônibus deixam Curitiba na manhã de domingo, com saída do Estádio Couto Pereira. Reservas podem ser feitas pelo telefone (41) 3253-7148.
Reapresentação
O time do Coritiba se reapresenta nesta terça-feira, às 9h no CT da Graciosa. Nesta segunda, no desembarque da delegação, os jogadores estavam visivelmente abatidos. Porém, o técnico Márcio Araújo resumiu o espírito dos atletas. "Em nenhum momento a gente desacreditou, passa pela presidência, pela comissão até os jogadores. Em razão da derrota, parece que nossa situação é pior do que realmente é. Mas, se tivemos um bom resultado semana que vem, nossas chances ainda continuam".
"Vamos administrar o trabalho com equilíbrio. Os atletas são conscientes e vamos trabalhar em cima de nossas alternativas. Não temos pressão para ganhar, é pressão para fazer o melhor, o bem feito que vamos bem", concluiu Araújo.
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