Um choque de realidade esperava o Coritiba no Recife. Se o jogo contra o Náutico era um termômetro do que espera o Alviverde na caminhada pela Segunda Divisão, a derrota por 3 a 1 mostrou que o Coxa terá de fazer muito mais do que fez para ficar com a taça do Campeonato Paranaense.
Foi o primeiro dos 29 jogos longe do Couto Pereira, palco das sete vitórias seguidas que deram o título estadual ao clube e que certamente fará falta na briga pelo acesso à elite especialmente se o time se apresentar com a apatia que mostrou em lances decisivos nos Aflitos.
A esperada desenvoltura que o Coxa teria adquirido com os jogos longe de casa no início do ano ratificada com um pedido do técnico Ney Franco: "Agora a gente quer transferir para a Série B" esbarrou nos erros no ataque, inoperante com Bill, e na defesa, que tomou dois gols por falhas de marcação pelo meio.
O primeiro, aos 44 do primeiro tempo; o segundo, logo aos três da segunda etapa. "Eu fico chateado para caramba", reclamou o capitão Jéci, que teve o bom senso de não usar nos microfones os palavrões que certamente queria dizer. "Esse jogo de hoje [ontem] serve de lição para muitos sentir como vai ser a Série B".
Até há quem reclame um gol anulado de Bill, ainda no primeiro tempo, quando o bandeira marcou um impedimento duvidoso. Talvez o gol desse mais tranquilidade à equipe, que, no entanto, falhou nos momentos cruciais. Com as duas falhas defensivas, pouco fica a se justificar.
Mas, em meio aos erros, um brilho individual: o golaço de Marcos Paulo, que passou por três jogadores e tocou com estilo na saída do goleiro do Timbu. A reação parou no minuto seguinte, quando Bruno Meneghel, que havia feito o primeiro e dado o passe para Geílson fazer o segundo, bateu no canto de Édson Bastos, fechando o placar por 3 a 1. Eram 12 do segundo tempo e até o final do jogo, nada mudou.
"Não foi a estreia que a gente queria, somando pontos. Mas o Náutico tem uma equipe arrumada e vai brigar para subir", disse o técnico Ney Franco, procurando valorizar o desempenho do adversário.
A derrota na largada acendeu o alerta e jogou uma expectativa ainda maior pelo desempenho coxa em Joinville, a partir da próxima sexta. A primeira das dez partidas será contra o América-MG. Sem a força do Couto Pereira, o time precisa estar mais ligado do que esteve nos Aflitos. "Tem de levantar a cabeça porque é só a primeira rodada", ponderou Demerson, que deverá se manter como titular uma vez que Pereira deixou o campo sentindo dores.
O melhor retrato do que aconteceu em Pernambuco veio da cabeça que mais se destacou pelo lado coritibano: "Nosso time acabou errando e no Brasileiro não se pode errar", reconheceu Marcos Paulo.
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