Desafios
Sem dinheiro e mando de campo, Alviverde já traça metas para a recuperação na próxima temporada.
Dez milhões de reais. Mesmo com cortes radicais no orçamento, esse será o primeiro grande desafio da nova gestão do Coritiba que será eleita hoje é a única chapa inscrita para o pleito das 19 horas, envolvendo os 179 conselheiros. O montante é o valor que o Alviverde terá de conseguir em 2010 para caminhar com sua contas equilibradas. O estudo foi feito por Vílson Ribeiro de Andrade, que deverá ser o vice-presidente de um G9 que só não estará completamente renovado pela presença do atual presidente, Jair Cirino.
Foi Andrade quem montou a chapa e foi ele quem começou a trabalhar mais cedo: está mergulhado nas contas do Coxa desde as 18 horas de quarta-feira (16/12). Quando foi confirmada a inexistência da concorrência Domingos Moro desistiu do pleito o ex-presidente do HSBC na América Latina deu a primeira ordem: mandou fechar o caixa do clube. E no mesmo dia ficou até as 4h da manhã debruçado sobre a contabilidade no Couto Pereira.
"Teremos mais de R$ 20 milhões de prejuízo. Só da tevê, R$ 5 mi. Com a perda de mando, outros R$ 15 mi", analisa, para depois explicar o processo de trabalho mesmo antes do começo da gestão. "Primeiro vamos ver o aspecto financeiro, fazer um novo orçamento. Estamos fazendo auditorias, levantando tudo."
Hoje o resultado já será utilizado para a primeira reunião oficial do grupo. Daí sim virão as definições mais esperadas pelo torcedor, o futebol. Mais especificamente o que fazer com os atletas que permanecerão com vínculo e têm salários altos. Em princípio, a ideia é emprestar a maioria.
"A saída é apostar na garotada", diz Márcio Schwab, especialista no estudo de projetos de viabilidade, outro novo nome do G9.
Se o Coritiba não caísse para a Segunda Divisão, o orçamento para a próxima temporada seria de R$ 50 milhões. Por isso os cortes ocorrerão em todos os setores do Alviverde.
"Nenhum clube sobrevive se não tiver equilíbrio entre o que ganha e o que gasta", diz Andrade. "A folha não deverá ultrapassar os R$ 1,5 milhão", completa. O dirigente coloca nesse montante também o pagamento das parcelas de dívidas do clube, que serão renegociadas.
Quem deverá ficar com essa função é Ernesto Pedroso. Ele quer o apoio dos grandes e tentará montar uma cooperativa com os pequenos. "Como faz o Grêmio. Do dinheiro que entrar, X % sempre vai para a cooperativa", sugere.
"Precisamos de todos os bons coritibanos", diz José Fernando Macedo. Ele repete o que a reportagem ouviu de quase todos os novos membros do G9.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião