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Cleiton volta no lugar de Lucas Mendes
Apenas uma mudança na equipe do Coritiba que tentará vencer o Sport na partida de hoje à tarde Será na defesa. O técnico Ney Franco manterá Tcheco e Marcos Aurélio como opções de banco, e a única alteração para o duelo na Ilha do Retiro deverá ser o retorno de Cleiton na zaga, no lugar de Lucas Mendes, que atuou contra o América-RN.
Franco, que não presenciou o último treino em Curitiba por razões pessoais, pretende ser cauteloso na casa do rival. "É um adversário muito difícil, é sempre duro jogar lá. Um concorrente direto e temos a chance de abrir um boa vantagem se vencermos." O multifuncional Enrico e o atacante Leonardo serão as armas ofensivas.
Para o zagueiro Cleiton, que volta de suspensão, o jogo terá características especiais. "Jogo de decisão, de final. A casa vai estar cheia lá, a torcida pressionando. Então, temos de ter concentração, não achar que a vaga está conquistada, para que o quanto antes a gente possa mesmo voltar à Primeira Divisão", disse, apontando uma fórmula para a vitória: "Esperamos explorar a ansiedade deles e sair com os três pontos."
Invicto no segundo turno (a última derrota foi para o Guaratinguetá, 1 a 0, na 19ª rodada, fora de casa), o Coxa de Cleiton espera terminar a competição sem perder mais. O desafio começa hoje, quando terá de superar o alçapão pernambucano. "Dá sim. Em nove jogos, foram sete vitórias e dois empates... É uma marca a ser batida", sonha o defensor, protagonista da mudança para o esquema 3-5-2, que ajudou a reconduzir o Coxa à liderança.
Olhar o ano de 2009 e não relacionar Marcelinho Paraíba ao fracasso do centenário coritibano parece impossível. Principal investimento para uma temporada de glórias, o meia, mesmo com boas atuações ao longo do período, se tornou o ícone de um doloroso ano.
Além do rebaixamento e de oscilações, Marcelinho encerrou seu ciclo no Coxa saindo pela porta dos fundos, rumo ao São Paulo. O mundo girou. O Coxa renasceu e está próximo de retornar à elite; Marcelinho, em baixa, deixou o time paulista para defender o Sport. E o destino colocará ambos frente a frente hoje, às 16 horas, na Ilha do Retiro.
A volta por cima quem imaginaria começou com a saída de Marcelinho do Coritiba. Ao assumir extraoficialmente o Alviverde, o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade propagou: "Queremos atletas comprometidos com o projeto." Quando questionado sobre o elenco que caiu, elogiou Pedro Ken, defendeu Jéci e Pereira e se recusou a falar sobre Marcelinho.
Ele, que marcou 26 gols em 51 jogos pelo Coxa, teve privilégios, como vaga exclusiva no CT e salários em dia, colocou sua banda de forró (100% Paraíba) como atração no show do centenário e renovou contrato (mas não cumpriu) até a metade deste ano. Saiu causando alívio nos corredores do CT da Graciosa.
"É um colega de profissão, tem muita qualidade", limitou-se a dizer, entre longas pausas, o zagueiro Jéci, sobre Paraíba. "Temos de cuidar da bola parada dele", resumiu Édson Bastos, outro que atuou com Marcelinho.
Nos bastidores, conta-se que uma confusão entre os amigos do ex-camisa 10 do Coxa e parte do elenco, em um churrasco, rachou o elenco. No dia do rebaixamento, há relatos de que, no vestiário, enquanto Édson Bastos e Dirceu choravam a queda, Marcelinho e seus amigos se arrumavam rapidamente para viajar ao Nordeste de férias. Quem ficou, ficou com dedicação. "O compromisso com o clube neste ano tem sido muito grande. Não cabe mais no futebol profissional o antigo boleirão, aquele que quebra tudo na noite e se acha acima de qualquer coisa", diz o preparador físico Alexandre Lopes.
Ao entrar no gramado, com novos ídolos e um aproveitamento de 66%, o Coritiba terá a missão de parar o Sport de Marcelinho no caldeirão da Ilha. Sexto colocado e jogando todas as fichas em uma vitória sobre o líder, é uma das últimas chances para o Sport tentar voltar à elite.
Ao vivo
Sport x Coritiba, às 16 horas, na RPC TV e no tempo real da Gazeta do Povo.
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