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Ariel levou a melhor no confronto com os compatriotas Guiñazu e D Alessandro, fez o seu, porém a vaga ficou com os gaúchos | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Ariel levou a melhor no confronto com os compatriotas Guiñazu e D Alessandro, fez o seu, porém a vaga ficou com os gaúchos| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Coxa venceu o Inter, mas não levou. Assista aos lances da partida no Couto Pereira

LANCE A LANCE: Confira a ficha técnica e os lances da vitória alviverde no Couto

  • Antes da bola rolar, a torcida do Coxa lotou o Couto e fez a sua festa particular
  • A torcida do Inter também marcou presença e fez muito barulho, mesmo em menor número
  • Quando a partida começou, o confronto foi de muita marcação e chegadas mais fortes
  • Marcelinho Paraíba foi o maestro coritibano e deu o passe para o gol de Ariel
  • No final, porém, o argentino teve de ser a equipe gaúcha comemorar a suada classificação para a decisão

Raça, futebol e torcida não faltaram para o Coritiba no segundo jogo das semifinais da Copa do Brasil. A equipe dominou o badalado Internacional nos 90 minutos desta quarta-feira, no Couto Pereira, pressionou e venceu por 1 a 0, porém a falta de mais um gol deu a classificação para a final aos gaúchos. Tido como amplamente favorito, o Colorado suou para eliminar o Coxa, muito aplaudido pela sua torcida mesmo com a desclassificação.

Liderados pelo experiente Marcelinho Paraíba, o Verdão atuou em cima dos visitantes praticamente o tempo todo, parando sempre no goleiro Lauro ou nos erros nas finalizações. Entrega do lado coxa-branca não faltou, a torcida apoiou de forma ininterrupta e até os acréscimos o gol da classificação parecia que viria, porém o Inter soube segurar, jogar com o regulamento e com a vantagem de 3 a 1, obtida no Beira-Rio na semana passada.

Apesar do bom futebol, os coritibanos ficaram na bronca com o árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro, que teria deixando de marcar um pênalti em Ariel Nahuelpan e invertido algumas faltas. O argentino respondeu marcando o gol solitário da noite, e nem mesmo este fato manchou a boa atuação alviverde, que se despede de forma honrosa da Copa do Brasil e agora foca as suas atenções no Campeonato Brasileiro e na Copa Sul-Americana.

O primeiro desafio será tirar o time da lanterna do Nacional. O primeiro passo neste caminho será neste sábado, às 21h, contra o Corinthians, no Pacaembu. Garantido na decisão da Copa do Brasil e líder do Brasileirão com 100% de aproveitamento, o Colorado encara o Cruzeiro neste domingo, às 18h30, no Mineirão.

Pressão alviverde não resulta em gol; Inter espera o tempo passar

A necessidade de pelo menos dois gols para alimentar as esperanças de ir à final da Copa do Brasil fez o Coritiba partir com tudo para cima do Internacional. Nada de anormal, salvo o badalado Colorado, que se resumiu a marcar forte e esperar o tempo passar. O goleiro Vanderlei fez uma única defesa no primeiro tempo e, de resto, torceu para que, do outro lado do campo, as redes do arqueiro Lauro balançassem.

Logo com dois minutos, Marcelinho Paraíba mostrou o seu cartão de visitas em um chute venenoso, defendido de forma estranha pelo camisa 1 do time gaúcho. Lauro apareceria ainda em uma outra chegada, agora de Carlinhos Paraíba, aos 16, impedindo a abertura do marcador no Couto Pereira. Foi a única tabela que de fato funcionou, já que o Alviverde insistiu muito em lances com Márcio Gabriel, bem na partida, mas que exagerou nos cruzamentos.

Entre um lance e outro de ataque dos donos da casa, as diversas faltas de lado a lado iam parando o jogo e acirrando os ânimos. O Inter interessado em ver o tempo passar, garantir a sua vantagem de poder perder por um gol, além de desestabilizar o Coxa e, em um lance em velocidade, chegar ao gol que praticamente sacramentaria a vaga na decisão. Mas se no primeiro jogo ele deu as cartas, Taison nos primeiros 45 minutos foi uma figura nula.

Nas arquibancadas, a torcida coritibana fez bem o seu papel, acolhendo a equipe e apoiando a todo instante. No gramado as coisas não saiam como o planejado, e alguns lances considerados mais controversos pelo time do técnico René Simões, como uma penalidade máxima não marcada sobre Ariel e os critérios adotados para faltas e cartões, irritavam os alviverdes e o árbitro Ricardo Marques Ribeiro não escapou das críticas.

Ao final do primeiro tempo, René Simões e Marcelinho Paraíba foram reclamar com o juiz. A presença do técnico Tite, que já havia pressionado a arbitragem na véspera da partida, tirou o camisa 9 coxa-branca do sério: "quer ganhar no grito, professor?", ironizou. "Não quero que ele puxe para o nosso lado, só quero que apite direito", completou Paraíba. Restava ao Coritiba se doar ainda mais na etapa final na busca pela classificação. Para os colorados, um tempo era o que restava para comemorar a ida para a decisão.

Melhor futebol coxa-branca é coroado com gol e aplausos

A equipe coxa-branca voltou mordida para o segundo tempo, ciente de que a missão seguia inglória, mas ainda era possível. O clima de união ficou evidente no fato de Carlinhos Paraíba retornar para o jogo na base do sacrifício. Nos primeiros quatro minutos, quatro oportunidades claras de gol. Duas delas foram paradas de forma providencial por Lauro, enquanto as demais passaram perto, porém não cessaram a agonia do torcedor que esperava pelo primeiro gol.

Com 13 minutos, Renatinho entrou no lugar de Carlinhos Paraíba, porém ao invés de aumentar a pressão e o domínio, o Coxa passou a ser refém da forte marcação colorada e dos rápidos contra-ataques dos visitantes, os quais assustaram, embora não tenha exigido muito de Vanderlei. O tempo ia passando, e o nervosismo causado pela pressão sem bola na rede para o Verdão começou a murchar o ímpeto da equipe. Pelo menos foi a impressão até os 29.

Neste minuto o argentino D’Alessandro perdeu uma boa chance de marcar. Do outro lado do campo, o seu compatriota Ariel Nahuelpan, sumido da partida, recebeu um passe de Marcelinho Paraíba, dominou com categoria e chutou forte e cruzado, sem chances para Lauro. Restavam menos de 20 minutos e o Coritiba precisava de mais um gol para mudar o destino da classificação.

O Alviverde se encheu de moral e partiu para dentro do adversário, pressionando e assustando como antes do primeiro gol. Contudo, a bola seguiu passando perto e parando no goleiro colorado. Nos contra-ataques o Inter teve mais uma chance, bem defendida por Vanderlei em arremate de Alecsandro. Logo depois, aos 39, Bolívar acertou Ariel e acabou expulso. O último impulso de Tite foi deixar o time sem atacantes e armar uma verdadeira retranca.

Nos minutos finais, cruzamentos na área e chutes da entrada da área levaram embora as últimas esperanças da inédita ida para a final do Coxa. No Colorado, pressionado, o temor pela desclassificação quase gerou até briga entre Marcelo Cordeiro e Álvaro, companheiros de time. No final, a vaga é gaúcha. Para o torcedor do Verdão, este foi só um detalhe. O que ficou foi a atuação, reconhecida pelos aplausos vindos das arquibancadas.

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