A poucos dias do segundo turno da eleição presidencial, momento de ebulição política no país, não é raro ver atletas ou ex-atletas tomando partido por Fernando Haddad (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL). No caso do paranaense Alex, a posição é de neutralidade, pelo menos publicamente, seguindo à risca um dos ensinamentos que o futebol lhe trouxe.
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Aposentado dos gramados desde dezembro de 2014, quando encerrou a carreira no clube do coração, o Coritiba , o comentarista da ESPN Brasil explicou sua decisão em entrevista à Gazeta do Povo. A íntegra do bate-papo, onde o craque de Cruzeiro, Fenerbahçe e Palmeiras também falou sobre a possibilidade de ser técnico, os conselhos dados a Neymar, o início de carreira da filha tenista e o momento do Coxa, será publicada nos próximos dias.
“Não é só o jogador [que não pode se posicionar politicamente sem sofrer consequências], é o músico, o ator, o próprio político, o jornalista. Qualquer um que seja público e declarar seu voto corre risco de ser questionado”, falou Alex, que comparou o momento a uma situação específica vivida no futebol.
No fim de 2014, logo após pendurar as chuteiras, o ídolo da torcida alviverde tomou posição na eleição do clube, declarando voto para Rogério Bacellar, que venceu o pleito contra o então presidente Vilson Ribeiro de Andrade.
“As pessoas falam que eu elegi o Bacellar. Eu não elegi o Bacellar. Eu só me posicionei... Não adianta, você, como figura pública, vai ser questionado. A situação do Bacellar é uma situação menor na qual aprendi que você perde sua liberdade de expressão”, completou o ex-jogador.
Amigo do zagueiro Paulo André, do Atlético, Alex também comentou a atitude do ex-companheiro no movimento Bom Senso FC no caso do ato político realizado na Arena da Baixada na véspera do primeiro turno.
Enquanto os outros dez jogadores entraram em campo com uma camiseta supostamente pró-Bolsonaro, o defensor vestiu um agasalho e escondeu a mensagem.
“Achei que ele seguiu a coerência dele. Acho que uma semana antes tinha assinado um manifesto em favor da democracia”, concluiu o ex-jogador.
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