A possibilidade do Coritiba contratar o atacante Dagoberto empolgou um grupo de torcedores coxas-brancas. Cientes das conversas entre Coxa e atleta em busca de um acerto, os amigos até mesmo prepararam uma camisa personalizada para o jogador.
“Fizemos esta camisa do ‘Dagol’ há um mês. Sou sócio do clube e fizemos a camisa pra ver se combinava e mostramos para ele [Dagoberto]”, conta o sócio Arlem Panontim da Nobrega. “Ele cairia como uma luva no nosso time”, prossegue o torcedor.
“Eu e amigos de pelada coxas-brancas, que assistimos os jogos juntos no Couto, fizemos uma brincadeira para ver se a camisa chegava até o Dagoberto e animava ele. Eu fiz a camisa, os amigos gostaram e entregamos para um amigo em comum com o Dago. Mostraram a camiseta pra ele e ficamos sabendo que ele gostou”, complementou Nobrega, que garante não ser amigo pessoal do jogador.
Há cerca de trinta dias, o nome de Dagoberto foi oferecido à diretoria do Coritiba por intermédio do empresário Naor Malaquias. A vontade do próprio atleta de atuar pelo Coxa e a possibilidade de assinar um contrato de produtividade animaram o presidente Samir Namur.
Antes do acerto, Dagoberto chegou a propor passar por um período de observações no CT da Graciosa. Apesar do desejo da alta cúpula, a negociação esfriou quando o nome do jogador chegou ao departamento de futebol, liderado pelo diretor Augusto de Oliveira.
A reportagem apurou que, embora tecnicamente o atacante seja visto como um bom reforço para a jovem equipe do Coritiba que disputará a Série B, o temperamento do atleta preocupou os responsáveis pelo futebol no Alto da Glória.
A partir disto, o distanciamento do Coxa, que não mais procurou Dagoberto para negociar um acordo, acabou irritando o atacante de 35 anos, que reside na capital paranaense. “Nem me interessa isso aí”, respondeu o atleta à Gazeta do Povo, na última sexta-feira (23), quando questionado sobre o interesse alviverde.
Horas depois, o próprio Dagoberto ligou para o presidente Samir Namur para pedir desculpas pelas declarações. “Não foi isso que quis dizer. Há um mês, quando levantaram a possibilidade de eu jogar no Coritiba falei com a minha família e me senti honrado. Porém não fui procurado novamente”, reforçou, em entrevista ao Blog da Nadja.
O jogador ainda deixou em aberto a possibilidade de um acerto com o Coxa. “Eu tenho muita lenha para queimar no futebol”, prosseguiu.
Conta a favor do experiente atacante o fato de ser desafeto de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR.