O Coritiba está de volta à Série A! Com uma campanha irregular e com percalços no caminho da Série B, o Coxa conquistou o acesso na última rodada. A campanha foi marcada pelo adeus ao ídolo Dirceu Krüger, troca de técnico, estádio lotado, desconfiança e alívio. Veja a retrospectiva da campanha:
Dirceu Krüger: como o maior ídolo da história do Coritiba mobilizou o clube para voltar à Série A
O Coritiba decide a final do segundo turno do Estadual, intitulada de Taça Dirceu Krüger, contra o time de aspirantes Athletico, em jogo único na Baixada. O Coxa vence até os minutos finais, quando sofre o empate e é eliminado nos pênaltis. Resta a Krüger entregar o troféu que levava seu nome ao maior rival do clube. Foi o último ato público de Krüger em vida.
Em tempos difíceis do clube, a notícia da morte de Krüger devasta o Alto da Glória. Torcedores, dirigentes e atletas do atual elenco eram apegados ao ídolo. Aos 74 anos, o Flecha Loira dedicou a vida ao Coxa. O velório, realizado no Couto Pereira, contou com a presença de coxas ilustres, amigos, jogadores e torcedores.
Na estreia da Série B, o Coritiba custeia os ingressos com entrada gratuita para a despedida do Flecha Loira. Diante de 31.690 pessoas, o atacante Rodrigão brilha com dois gols e transforma o luto em um dia histórico de exaltação do orgulho coxa-branca. Na comemoração, os jogadores fazem o sinal da flecha. Jorginho era técnico da Ponte Preta.
Diretoria traça estratégia agressiva de ingressos por R$ 5 para se aproximar do torcedor. Tática ameniza, por ora, a relação desgastada das arquibancadas com a direção. Couto passa a receber público com mais de 30 mil pessoas nos jogos seguintes.
Em uma bela manhã ensolarada de sábado, o Coritiba vence o Cuiabá e registra o maior público do clube dos últimos 12 anos do Couto Pereira. 37.220 pagantes (39.252 total) assistem a reestreia do ídolo Rafinha. O jogo também marca o maior público da Série B 2019.
Clube lança preços mais baratos para o plano de sócios com vigência até o final de 2020, mesmo em caso de acesso do clube à Série A. Ação funciona e Coritiba salta de 12 mil para 20 mil sócios com a nova estratégia. Tudo caminha bem e o acesso para ser questão de tempo.
Depois de embalar no primeiro turno e chegar a brigar pela liderança com o Bragantino, o Coxa cai drasticamente de produção. Umberto Louzer não resiste à falta de resultados e acaba demitido.
O novo técnico, Jorginho, rapidamente encontra problemas. Jogadores vão para a balada após a derrota no clássico contra o Paraná. Jorginho dá ultimato e meia Giovanni pede desculpas publicamente. Após o episódio, o time incia sequência de invencibilidade e volta a subir na tabela.
Após um primeiro turno avassalador, Rodrigão para de marcar gols. Jorginho barra o atacante de forma proposital chacoalhar o camisa 9. Nos jogos seguintes, o mesmo acontece e o artilheiro se irrita até brigar com companheiros no aquecimento.
Coxa consegue emplacar série invicta e permanecer no G4, mesmo após atuações irregulares. Após a vitória contra o Brasil de Pelotas, pela 35.ª rodada, os torcedores vão recepcionar o time no Aeroporto. Restam dois jogos em casa para sacramentar o acesso.
O atacante se recusa ficar na reserva de Igor Jesus na partida decisiva contra o Bragantino, pela 37.ª rodada. Jorginho afasta Rodrigão do grupo e o atleta não atua mais pelo clube. .
No jogo mais tenso do ano, o meia Giovanni fez o Couto Pereira explodir de emoção. Precisando vencer para voltar ao G4, o Coxa venceu por 1 a 0, com um gol de falta no final para a explosão de 38 mil pessoas. Na comemoração, mais homenagens ao Flecha Loira.
O Coxa, enfim, confirmou o acesso! O time alviverde venceu o Vitória de virada por 2 a 1, no Barradão. O grande responsável pela vitória e pela confirmação da volta à Série A foi o atacante Wanderley, que saiu do banco, fez apenas seu quarto jogo na Série B, por conta de lesões, e se tornou um herói improvável. Iluminado por Krüger? Quem sabe.
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