O Coritiba cortará salários do elenco, comissão técnica e funcionários, a partir de junho, caso o futebol siga paralisado por causa da pandemia do novo coronavírus.
Inicialmente, de acordo com um dirigente questionado pela Gazeta do Povo, a redução dos vencimentos seria de 25%, respaldada na MP 936. A continuidade medida dependerá do panorama financeiro do clube nos meses seguintes, julho e agosto. Vários cenários já foram projetados, incluindo o endurecimento dos cortes.
Os salários de abril – pagos em maio – serão quitados integralmente. Todo o futebol do clube, aliás, estava em férias arbitrárias.
Nesse período, a diretoria alviverde optou por não mexer na folha salarial e manteve, inclusive, o pagamento do direito de imagem dos atletas – valor que pode chegar a até 40% do total dos salários. O rival Athletico, por outro lado, deixou de pagar a parcela de imagem.
Na semana passada, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) finalizou seu protocolo para o retorno do campeonato Estadual. Agora, a entidade aguarda um posicionamento do governo estadual para saber como proceder. A ideia era retomar os treinos no início de maio e os jogos na metade do mês. Não há data oficial para a volta, contudo.
Atualmente, o futebol custa R$ 2,1 milhões mensais ao Coritiba, dono da quinta menor folha da Série A. A situação financeira coxa-branca, entretanto, não é das melhores. O time ainda não fechou acordo de TV aberta e pay-per-view com a Globo – fatia que representa a maior parte da receita dos clubes. Na TV fechada, o vínculo do clube é com o grupo Turner, que atualmente está em litígio com os times parceiros.
Se não tivesse negociado o jovem lateral-direito Yan Couto com o Manchester City, em fevereiro, por 6 milhões de euros, a situação do Coxa seria ainda mais preocupante durante o período de pandemia.