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O Coritiba deve sacramentar, até o final do ano, a venda dos direitos de transmissão do Brasileirão para o período 2019-24. Mas antes de assinar com a Rede Globo, única opção no mercado para TV aberta e pay-per-view (PPV), o clube negocia melhores condições no acordo, como luvas, por exemplo.

Na TV fechada, o Alviverde tem vínculo de seis anos com a Turner (dona do extinto Esporte Interativo), iniciando a partir da próxima temporada.

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“Veja, não existe outra opção de mercado de TV aberta, de pay-per-view. Quando falamos de Campeonato Brasileiro, ou você assina com a Globo ou não assina com ninguém, fica sem receita e seus jogos não passam (na televisão). Então é muito mais [questão de] você negociar condições, até por padrões de contratos que foram estabelecidos com outros clubes”, revelou o presidente coxa-branca, Samir Namur.

“Por exemplo, tem clube que recebeu luvas recentemente. Então o Coritiba busca questões nesse sentido, de melhorar os valores, de melhorar as condições. Mas é uma tendência muito grande que a gente assine com a Globo”, completou o dirigente.

Namur também revelou que negocia com a Globo, já há alguns meses, melhorias no contrato da Série B. O acordo, que é intermediado pela CBF, prevê para a próxima temporada pagamento de cerca de R$ 6 milhões para cada um dos 20 times, além da atualização da inflação.

Na atual temporada, o Coxa manteve a cota da elite (R$ 35 milhões) mesmo na Segunda Divisão, cláusula se encerra daqui para frente.

Negociação fracassada

Desde 2016, quando fechou com o Esporte Interativo, o Coritiba faz parte de um bloco com Atlético, Bahia e Santos para negociar em conjunto a TV aberta e PPV com a Globo.

Apesar de estar sujeito a multa contratual, o Peixe assinou com a emissora no início deste ano após discutir isoladamente – mesmo com reduções de 20% (no total do contrato de TV aberta) e de 5,2% (por jogo no PPV).

O Coritiba pretende seguir o mesmo caminho, mas chegando a um comum acordo com outros membros do bloco.

“O Atlético tem ido numa linha um pouco diferente de Coritiba e Bahia, então há conversas jurídicas entre os três clubes. Há uma possibilidade de tentarmos se desvencilhar desse contrato para poder negociar individualmente, mas hoje existe um contrato que impede”, fala Namur.

“Não há obrigação de assinarmos o mesmo contrato, mas de negociarmos conjuntamente. Mas essas negociações não tem sido bem sucedidas, especialmente por um certo desalinhamento do Atlético e questões contratuais, que todo clube tem direito de buscar o que é melhor para si”, conclui.

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