Coritiba e Rede Globo ainda estão longe de um acordo pelo Brasileirão 2020. O clube segue mantendo conversas com a emissora, mas o patamar de valores está muito aquém do esperado pela diretoria alviverde. O início do campeonato está marcado para daqui a menos de dois meses, no fim de semana de 2 e 3 de maio.
O principal empecilho está na cota referente ao pay-per-view (PPV). De acordo com as novas regras de divisão, com base no cadastro de assinantes, o valor destinado ao Coxa seria algo em torno de R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões. Em 2017, quando disputou a Série A pela última vez, recebeu valores na casa de R$ 7 milhões.
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O clube também negocia um bônus de assinatura para TV aberta. Nessa mídia, a divisão do dinheiro já é pré-estabelecida: 40% são iguais para todos os clubes, 30% estão condicionados à quantidade de jogos exibidos, e 30% são rateados segundo a colocação final.
Porém, como é parceiro da Turner (TNT) na TV fechada, o Coxa receberia menos na premiação do Brasileirão — assim como aconteceu com o rival Athletico, por exemplo. O Furacão, que terminou na quinta colocação em 2019, faturou R$ 14,4 milhões. A quantia seria de R$ 26,4 milhões caso também tivesse contrato com o SporTV.
Apesar da proximidade do início do torneio, o tempo agora é aliado do Alviverde. Como concluiu a venda do lateral-esquerdo Yan Couto para o Manchester City por € 6 milhões (cerca de R$ 28 milhões), o clube já garantiu caixa para a temporada toda. Ou seja, não está mais "desesperado" para assinar o vínculo e pode estender a negociação por mais tempo, segundo apurou a reportagem.
Não é possível descartar, contudo, que o clube feche apenas a venda da TV aberta, seguindo o modelo que o Athletico adotou. A estratégia não é considerada ideal, mas é uma possibilidade.
Além do Coritiba, o Red Bull Bragantino ainda não assinou contrato para o Brasileirão. A diretoria do Coxa, inclusive, entrou em contato com o clube paulista — agora controlado pela empresa austríaca de energéticos — sugerindo uma negociação conjunta com a Globo. A conversa não evoluiu.
A reportagem procurou o diretor de direitos e relacionamento do futebol da Globo, Fernando Manuel Pinto, mas ele preferiu não se manifestar sobre o tema.
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