O Coritiba encerrará o ciclo de uma ‘geração de ouro’ da base na final do Brasileiro sub-20. O Coxa enfrenta na decisão o Cruzeiro, que eliminou o Atlético na semifinal. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não marcou as datas, mas a primeira partida será em Belo Horizonte na próxima semana. Por ter a melhor campanha geral da competição, o Alviverde decide o título no Couto Pereira, sete dias depois.
A geração de pratas da casa nascidos em 1997 está sendo trabalhada desde a categoria sub-15, com praticamente a mesma base. Desde 2012 para cá, eles já conquistaram os títulos estaduais sub-15 e sub-17, a Copa Brasil Votorantim, a Copa Gradisca sub-17, na Itália, e a Dallas Cup sub-19, nos Estados Unidos.
TABELA: Veja a classificação e os próximos jogos da Série A
Desta safra, o lateral Dodô, o meia Yan e atacante Evandro (emprestado para o Red Bull) foram integrados antes ao elenco profissional. Os garotos são treinados por Sandro Forner, ex-zagueiro que jogou no Alviverde entre 1997 e 1999. E os principais destaques do time finalista são as duplas de ataque e defesa.
Cotado para ser eleito o melhor jogador da competição, o atacante Gustavo Mosquito é o artilheiro disparado com nove gols do torneio, cinco a mais do que os segundos colocados. Porém, o garoto de 20 anos ainda não recebeu chances na equipe principal. Já o centroavante Índio, 20, balançou as redes três vezes no Brasileiro sub-20. No início do ano, ele recebeu uma oportunidade e atuou 19 minutos na derrota para o Londrina na primeira fase do Paranaense.
Na zaga, Romércio, 20, e Thalisson Kelvin, 19, treinam com frequência no time de cima e já estrearam. Ambos atuaram na vitória sobre o São Paulo, na 18.ª rodada do Brasileirão. Thalisson Kelvin começou o jogo como titular, mas se machucou com 5 minutos de bola rolando e cedeu a vaga justamente para Romércio.
Reforços para o Brasileirão
Como a janela de transferência já está fechada, a única opção de reforço para o clube na Série A está na base. Mas, para os jogadores do atual elenco profissional, a responsabilidade de salvar o Coxa da zona do rebaixamento é deles e seria arriscado ‘queimar’ os garotos no momento de crise no Alto da Glória.
“É uma safra muito boa e tenho certeza que vários vão ser aproveitados. Mas eles têm que subir e se adaptar aos treinamentos. E devagar ir colocando jogo a jogo. Eu subi muito novo e acho que você acaba queimando etapas. Ainda mais na fase que nós estamos. A responsabilidade é nossa”, alerta o atacante Henrique Almeida.
O zagueiro Cleber Reis também tem a mesma opinião. “Depois da competição vai ser bom para eles se integrarem conosco. Mas tem muita diferença da base para o profissional. Tem a experiência, o futebol não é só correria. Então, temos muito para passar para eles”, afirma o defensor.
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