De volta à Série A e com a ambição de fazer boa campanha na Copa do Brasil, o Coritiba está tentando renovar o elenco para 2020 com a promessa do presidente Samir Namur de contratações de peso. Antes, o mandatário chegou a prometer quatro reforços de "buscar no aeroporto".
Porém, os altos salários exigidos no mercado da bola da elite nacional estão ‘brecando’ os planos do Coxa.
Na última segunda-feira (06), Namur e o diretor de futebol, Rodrigo Pastana, confirmaram o fim das negociações com o meia Alejandro Guerra, do Palmeiras, e com o atacante Orlando Berrío, do Flamengo. O motivo da desistência: justamente os altos valores envolvidos nas transações.
Antes disso, pelo mesmo motivo, o time havia deixado de lado as pretensões de contar com o atacante André, do Grêmio, e de renovar com o técnico Jorginho, justamente pelos mesmos fatores financeiros.
Mercado da bola: confira as movimentações do Coxa para 2020
Mesmo com o aumento da verba do Coritiba para este ano, o Alviverde está evitando fazer ‘loucuras’ financeiras. Estima-se que a receita do time, somente com cotas de televisão, passe de R$6 milhões, em 2019, para no mínimo R$40 milhões, em 2020. Já a promessa de Namur é de uma folha salarial em torno de R$ 3 milhões mensais.
Mirando em uma boa temporada, o Coxa está encontrando dificuldades para encontrar o melhor dos cenários entre ter um jogador ‘de peso’, com potencial para virar ídolo e, ao mesmo tempo, adequar esta contratação à realidade financeira do Alto da Glória.
Após anunciar que as negociações com Berrío e Guerra chegaram ao fim porque ‘saíram muito do orçamento que tínhamos em mãos’, Pastana explicou que segue no mercado.“Estamos tentando outros atletas dentro das mesmas características”, disse.
Em 2019, o maior salário do Coritiba era do goleiro Wilson. Em setembro daquele ano, Namur revelou que o jogador recebia R$210 mil mensais entre salário e direito de imagem. Porém, jogadores de grande visibilidade, conforme deseja o Coritiba, ganham um valor acima disso e essas cifras estão emperrando a chegada de um ‘figurão’.
Tentando contornar essas dificuldades, Namur garantiu que muito em breve o torcedor do Coxa poderá ter um possível novo ídolo. “O Pastana tem conversas com outros nomes de um porte parecido. Nossa ideia é ter pelo menos nesse começo um nome deste patamar”, arrematou.