Sem entrar em campo há duas semanas, por causa da paralisação do futebol devido à pandemia do coronavírus, o Coritiba já começa a sentir o impacto em seu caixa.
Segundo o presidente Samir Namur, o primeiro prejuízo foi com a saída de um patrocinador, mas que a situação pode se agravar ainda mais daqui pra frente.
"Evidente que os impactos financeiros serão grandes. Quanto mais tempo durar a paralisação, maior vai ser o impacto. Então é difícil apresentar um valor, mas algumas coisas já aconteceram. Por exemplo, o Coritiba teve patrocinador que comunicou que ia parar de pagar por conta da paralisação dos jogos", disse o dirigente, em entrevista à TV Coxa.
Além disso, outra perda do clube foi com bilheteria. A última vez que o Alviverde jogou no Couto Pereira foi na goleada por 4x0 sobre o Athletico, no dia 15 de março. O duelo tinha um grande atrativo para o público, mas foi jogado com portões fechados
"O Coritiba jogou o Paranaense, que é um campeonato deficitário, e aí o único jogo em que poderíamos ter renda tivemos que jogar com os portões fechados. Então nós podemos calcular um prejuízo de R$ 400, R$ 500 mil com o Atletiba de portões fechados", ressaltou Samir.
Mas a maior preocupação do presidente é com as receitas de televisão. Com a indefinição de quando a bola voltará a rolar, o futuro do Brasileirão ainda é incerto.
"A principal questão é o contrato de TV. É a principal receita financeira dos clubes e se isso for afetado, aí sim os clubes, incluindo o Coritiba, vão ter grandes prejuízos", previu.
"E o contrato de TV está ligado diretamente ao que vai acontecer com o calendário, eventuais mudanças de data, de regulamento, principalmente no Campeonato Brasileiro. A posição do Coritiba é clara, de que o regulamento não pode mudar, que os pontos corridos são inegociáveis", prosseguiu.
Assim como o Coritiba, em um primeiro momento as emissoras que detém o direito de transmissão não aceitaram mudar o regulamento e querem manter as 38 rodadas.
Até aqui, o Coxa não tinha assinado com a Globo para transmissões em tv aberta e pay-per-view, mas tem contrato para tv fechada com a Turner, no valor de R$ 17 milhões, mas que pode chegar até R$ 22 milhões, dependendo de audiência e premiação por posição no campeonato.
Apoio dos sócios
Por outro lado, Samir Namur ressaltou que, até o momento, o clube não teve perdas no seu quadro de associados, mas teme que, daqui pra frente, a saída seja alta.
"A questão dos sócios, o Coritiba ainda não teve uma redução em seu quadro, mas isso pode acontecer. Abril provavelmente será um mês com redução, completou.
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