Rodrigo Pastana foi demitido na manhã desta quinta-feira (20), ao lado do técnico Eduardo Barroca, após 20 meses no Coritiba. O diretor de futebol acabou sendo o principal alvo da torcida em protestos recentes por causa do seu trabalho em 2020.
Se no ano passado o dirigente obteve sucesso na montagem da equipe que conquistou o acesso na Série B, nesta temporada a história foi radicalmente diferente: Pastana montou um elenco contestado que fez o pior início de Brasileirão da história do clube.
Nem bem chegaram e já foram embora
A montagem do elenco do Coritiba para a temporada de 2020 foi muito contestada pela torcida alviverde. Alguns reforços que desembarcaram no Alto da Glória até já deixaram o clube. São eles:
César (goleiro): Veio de empréstimo junto ao Londrina e sequer teve uma chance no Coxa, graças à concorrência pesada com Wilson e Alex Muralha. Foi emprestado pelo Tubarão ao Vitória.
Lucas Ramon (lateral-direito): Chegou de empréstimo do Red Bull Bragantino e também não agradou. Entrou em acordo com o Coritiba e se despediu para defender o Cuiabá na Série B.
Caetano (zagueiro): Outro que veio de empréstimo – pertence ao Corinthians. Atuou em apenas quatro jogos pelo Coritiba, chegou a ser improvisado na lateral esquerda e não se firmou. Foi emprestado pelo Timão ao Oeste.
Série A com poucos reforços
Apenas dois reforços foram anunciados para a disputa do Brasileirão. Com as mãos atadas, por causa da falta de recursos financeiros, Pastana acabou não podendo ir ao mercado durante a pandemia de coronavírus.
Jonathan (lateral-direito): Veio por empréstimo do Água Santa-SP. No ano passado trabalhou com Eduardo Barroca na conquista do acesso pelo Atlético-GO.
Neílton (atacante): Foi contratado em definitivo pelo Coxa. Uma das maiores apostas para 2020. Estava nos Emirados Árabes Unidos e faturava um alto salário. Aceitou reduzir os vencimentos para R$ 150 mil para fechar com o Verdão.
Maioria dos reforços para 2020 é contestada pela torcida
Além dos atletas já citados, mais oito jogadores desembarcaram no Couto Pereira. Destes, muitos são contestados pela torcida.
Patrick Vieira (lateral-direito): Veio por empréstimo do Santa Clara, de Portugal. Tem sido o homem das jogadas de bola parada, mas não tem agradado.
Rhodolfo (zagueiro): Foi contratado pelo Coxa após o encerramento do vínculo com o Flamengo. Tem sido regular, mas sofrido com as contusões.
Rodolfo Filemon (zagueiro): Chegou ao Coritiba após boa temporada pelo Paraná em 2019. Tem sido o primeiro reserva da dupla formada por Rhodolfo e Sabino.
Nathan Silva (volante): Acertou com o Coxa por empréstimo do Atlético-MG. Fez 11 partidas, também sofreu com lesões, e tem sido um dos mais contestados.
Renê Júnior (volante): Um dos mais experientes do elenco, o volante chegou por empréstimo do Corinthians. Era para ser titular, mas a parte física tem atrapalhado bastante.
Gabriel (meio-campo): Contratado pelo Coritiba após passagem pelo futebol japonês, Gabriel fez 11 partidas e apenas um gol. Também acabou sendo prejudicado por uma contusão durante o ano.
Giovanni Augusto (meio-campo): O meia foi uma aposta de risco do clube. Chegou com o objetivo de melhorar a forma física e acabou tendo uma lesão que o deixou de fora da maior parte da temporada. Durante a pandemia, ainda renovou o seu contrato.
Sassá (atacante): Um dos principais reforços, Sassá veio de empréstimo do Cruzeiro, agradou no começo, mas, ficou marcado por perder um pênalti na eliminação na Copa do Brasil para o Manaus-AM e também amargou o banco de reservas na reta final do Paranaense e início de Brasileirão.
Renovações difíceis de explicar
Além de muitos reforços contestados, Pastana também gerou irritação entre os alviverdes por conta de algumas renovações. Além do caso do meio-campo Giovanni Augusto, já citado acima, o dirigente também estendeu os vínculos do zagueiro Rafael Lima e o atacante Wanderley.
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Em entrevista recente, Pastana havia afirmado que “os dois atletas são experientes e líderes do grupo”, comentando ainda que suas permanências eram também desejo dos demais atletas.