Quando o presidente do Conselho Deliberativo do Coritiba deu início à assembleia extraordinária que votaria o afastamento do presidente do clube, o resultado ainda estava indefinido. Marcelo Licheski leu a proposta para que se realizasse uma nova assembleia em 22 de dezembro, desta vez com votação dos sócios, que decidiriam a permanência ou não de Samir Namur (eleito para um mandato de três anos).
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Segundo Licheski, a intenção de voto dos conselheiros ficou mais clara após o discurso do ex-presidente do Coxa, Vilson Ribeiro de Andrade. “A manifestação do Vilson na reunião foi fundamental”, revela. “Ele pediu a união dos coxas brancas e isso acabou definindo essa votação”.
Antes, a Comissão Legislativa do clube apresentou um parecer que pedia o arquivamento do pedido de afastamento do atual presidente. Parecer que foi acolhido pela maioria: 81 conselheiros votaram sim para arquivar o caso e 66 votaram não. “A Comissão Legislativa entendeu que não era o caso de levar isso à assembleia dos sócios. Eles até propuseram a abertura de uma denúncia, mas o próprio plenário entendeu que não havia embasamento legal pra isso”, afirma.
Novo estatuto
O impasse gerado pela mobilização dos conselheiros que queriam a saída de Samir Namur, principalmente depois dos resultados negativos do Coritiba na Série B, expôs a fragilidade do estatuto do clube. Situações não previstas deixaram brechas que acabaram tumultuando o ambiente e levando ao momento político delicado que o Coritiba vive. Por isso, Marcelo Licheski revela que o estatuto já está sendo revisto.
“A revisão estatutária e fundamental”, afirma. “Nós já temos uma comissão, o estatuto já está sendo revisado e a gente pretende até março de 2019 apresentar um novo estatuto”. A nova proposta ainda passará por discussões e ajustes, mas a ideia dos integrantes do Conselho Deliberativo é que o novo regulamento esteja em vigor até as eleições de 2020.
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