Sem entrar em campo há mais de dois meses devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, Alex Muralha, destaque do Coritiba, acredita que o retorno do futebol será ainda mais difícil para os goleiros em comparação aos atletas de linha. "Nossas atividades são muito específicas", afirmou o jogador em entrevista ao Estadão.
"Trabalhamos com quedas, saída de gol, reposição... É um treinamento diferente dos jogadores de linha. A gente até procurou fazer algo parecido com isso em casa, mas obviamente não é a mesma coisa. Por outro lado, tenho certeza que a parte física não será um problema, pois nisso os treinos foram diários e em vários períodos", acrescentou.
O jogador acabou revezando o período de quarentena entre a sua casa em Curitiba e a residência dos seus pais, no interior de Minas Gerais. Ele contou que está aproveitando o tempo longe dos gramados para ficar ao lado da família e aprender coisas novas.
"Tenho feitos cursos online motivacionais, de culinária, aprendendo a tocar cavaquinho, que já era algo que eu gostava. Tenho conseguido ficar mais próximo da família, mas também tenho tentado aperfeiçoar ainda mais minha condição física", contou Muralha.
"Sei que quando o futebol retornar, vai voltar com tudo, e preciso estar num ritmo legal, apesar de que, tecnicamente, os goleiros irão sofrer mais neste retorno", avaliou.
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Assim como a maioria dos jogadores, Muralha segue as orientações para treinos do clube por videoconferências, que se tornaram uma alternativa para as equipes durante a pandemia. No caso do Coxa, as reuniões são feitas com o acompanhamento da comissão técnica e os atletas receberam cartilhas para auxiliar as atividades em casa.
Durante o período de isolamento social, o elenco do Alviverde está ainda mais unido, de acordo com o goleiro.
"Conseguimos nos ver todos os dias por conta dos treinamentos online, mas também nos falamos por um grupo de WhatsApp. Conversamos sobre o que está acontecendo, quando deve acabar, a vontade de voltar a jogar... Nosso grupo é muito bom, muito parceiro, e as conversas são sempre em tom de descontração e amizade".
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Apesar do contato com os companheiros de equipe, para Muralha, nada ameniza a saudade de poder entrar em campo. "É muita saudade", disse.
"Sinto falta do calor do jogo, da torcida, de sentir o nome sendo gritado, daquele calor humano mesmo. Mas não temos o que fazer a não ser esperar. O que dá pra tirar de experiência nesses tempos é que devemos pensar um pouco mais nos outros, deixar de lado as vaidades, parar de ser egoísta e sempre que puder ajudar o próximo".
O Coritiba voltou aos treinos no CT da Graciosa na semana passada. Em um primeiro momento com os jogadores realizando apenas atividades individuais.
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