| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A Justiça do Trabalho negou o pedido de rescisão contratual feito pelo atacante Gustavo Mosquito, do Coritiba, nesta terça-feira (24). O jogador não aparece no Alto da Glória desde o dia 7 de abril e terá que se reapresentar ao clube. A última audiência do processo será no dia 1.º de junho, que determinará se Mosquito será ou não liberado antes do término do contrato, que encerra em setembro.

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Cria da base alviverde, o jogador de 20 anos cobra 22 meses de atrasos no pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de atrasos do 13.º salário. Está não é a primeira derrota de Mosquito contra o Coxa. Em janeiro e março, a Justiça já havia negado o pedido de rescisão do atleta.

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O presidente Samir Namur acusou, aos canais oficiais do clube, Mosquito de ter saído no meio de um treinamento e chamou o atleta de ingrato. Porém, o dirigente mantém as portas abertas para o retorno do jogador. O Coritiba, via assessoria, confirmou o posicionamento da Justiça, mas o clube argumenta que não detalha questões judiciais.

Já o advogado de Mosquito, Filipe Rino, alega que pediu para a Justiça que Mosquito possa retornar aos treinamentos. O representante do atleta afirma que ele estava sendo impedido de treinar com o restante do elenco e realizar os trabalhos normais.

“Como ele estava afastado e proibido pelo clube de treinar junto com o elenco, a Justiça determinou que ele volte a exercer sua profissão em trabalhos normais com o restante do elenco. O clube aceitou e nós concordamos, até que tenha decisão final do processo. Ele precisa manter sua forma física, para poder seguir sua carreira. Então, nada mais justo que ele tenha as mesmas condições de trabalho que os demais atletas”, defende Rino.

O advogado também afirma que o atleta tentou um acordo com o Coritiba para a liberação imediata. O clube ficaria com 20% dos direitos do jogador com limitação máxima do valor de R$ 2 milhões em uma futura negociação, o que foi negado pela defesa coxa-branca.

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Entenda o caso

Atleta do Coritiba desde os nove anos, Mosquito nunca atuou pela equipe profissional. Ele foi um dos destaques do time na campanha do Brasileirão sub-20 do ano passado. No início de 2018, a nova diretoria liderada por Namur ofereceu um contrato de três anos ao atleta, com vencimentos de R$ 30 mil mensais no primeiro ano, R$ 40 mil no segundo e R$ 50 mil no terceiro.

Mosquito, que tem vínculo até setembro e já pode assinar um pré-contrato com outro clube, rejeitou a proposta. Desde então, ele vem treinando no clube, sem ser utilizado. A chance de renovação de contrato são mínimas após o desgaste criado entre o Coritiba e o atleta.

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