Bicampeão paranaense pelo Coritiba , além ter levado o time a duas finais de Copa do Brasil (2011-12), o técnico Marcelo Oliveira se emocionou ao comentar o rebaixamento do clube neste domingo (3). Nos acréscimos, o Coxa perdeu por 2 a 1 para a Chapecoense, na Arena Condá, e caiu para a Série B por ter saldo de gols pior do que o Vitória -- último time que permaneceu na elite.
“É uma sensação, um momento de muito sofrimento, talvez o momento mais triste da minha vida esportiva”, disse Oliveira, que comparou o momento à derrota do Atlético-MG nos pênaltis na final do Brasileirão de 1977, quando ainda era jogador.
“Hoje foi na mesma proporção. É muito difícil. Sei que o torcedor está sofrendo muito. Todos nos vestiário estão da mesma forma”, completou o mineiro de 61 anos, que substituiu Pachequinho no comando técnico.
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Em 22 jogos, o Coritiba de Oliveira acumulou apenas 36,3% de aproveitamento, com seis vitórias, seis empates e dez derrotas. O treinador, que comandou o time em 57% do Brasileirão, assumiu a culpa, mas citou problemas extracampo como os principais responsáveis pela queda.
“Somos responsáveis pela queda do Coritiba. Acho também que o time não foi só rebaixado pelo campeonato, mas por uma série de outras coisas que acabam refletindo no futebol. Espero que o Coritiba reaja rápido”, afirmou.
Quando perguntado sobre os motivos do rebaixamento, ele preferiu desconversar, mas claramente cutucou a diretoria do presidente Rogério Bacellar.
“Não me isento, somos todos responsáveis. Tenho minha opinião formada sobre alguns aspectos, mas jamais vou falar publicamente porque fica como desculpa e como profissional não tenho esse princípio... O clube cai no planejamento da temporada”, falou.
“Talvez [a queda] seja o castigo que estamos pagando por alguns coisas durante a temporada”, emendou.
No fim da entrevista, Marcelo não segurou as lágrimas e chorou a queda enquanto se colocava à disposição para ajudar na reconstrução do clube na Série B.
“Tinha certeza que se o Coritiba passasse [permanecesse], não ficaria. E agora, mais do que nunca, estou à disposição do clube. Sei que o técnico vive de resultados e talvez não me queiram. Mas respeito e amo o Coritiba e a torcida coxa”, concluiu, com a voz embargada.