Médico infectologista, Jaime Rocha, a serviço do Coritiba| Foto: Divulgação/Coritiba
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Liderado pelo médico infectologista Jaime Rocha, o Coritiba traçou uma estratégia em três etapas para o retorno das atividades de seu elenco neste período de pandemia.

Rocha foi indicado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) após consulta do próprio Coxa em busca de um especialista. Ele explica ainda que o clube trabalha com a possibilidade de voltar às atividades presenciais em um prazo entre duas semanas a um mês.

“A primeira etapa é somente atividade física, sem bola, com grande distanciamento entre os atletas”, explica Rocha. “A segunda começa com bola, mas sem aglomerações. E numa terceira etapa a gente começa a ter alguns pequenos grupos para começar a ter treinos coletivos, mas ainda não com todos os jogadores em campo”, prossegue.

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Neste momento, o Coritiba segue a rotina de treinos por videoconferência, enquanto as atividades presenciais não são liberadas pelos órgãos de saúde responsáveis.

“Nosso cronograma depende muito de como a cidade vai se comportar em relação aos casos, mas a ideia seria no prazo de duas a quatro semanas evoluir da etapa um para a etapa dois”, comenta.

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Uma coisa é certa: seja em qual prazo o retorno aos centros de treinamentos aconteça, jogadores e comissão técnica enfrentarão um novo padrão de normalidade.

“Uma mudança drástica é o uso o tempo todo de máscara, exceto em atividade física de longa duração. Também os atletas terão de trabalhar em grupos reduzidos na fase inicial, sem aglomeração”, conta Rocha.

Testes

O médico infectologista do Coritiba conta que a estratégia do clube foi montada com base em estudos de práticas realizadas em outros países, como Portugal, Espanha e Alemanha. O Campeonato Alemão, vale lembrar, volta a acontecer no próximo final de semana.

“Mas não existe a questão de pegar um protocolo de um lugar e adaptar a outro, são realidades epidemiológicas totalmente diferentes, número de casos, momento da pandemia, verão ou inverso, capacidade de testes e UTI. Por isso os protocolos devem ter diretrizes nacionais, mas adaptadas para realidades locais”, diz Rocha.

Por fim, o médico explica que a segurança na retomada de treinos e, futuramente, jogos, dependerá não somente do comportamento de atletas e profissionais dos clubes, mas também das pessoas com quem estes têm contato, como amigos e familiares.

“O uso de máscara, distanciamento social e higiene não é só para o clube, mas sim para todo o momento que a sociedade vive”, completa.

Confira vídeo com as explicações do médico infectologista, Jaime Rocha

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