Depois da derrota por 2 a 1 para a Chapecoense, neste domingo (3), na Arena Condá, que decretou o rebaixamento do clube, alguns fatos chamaram a atenção em Chapecó (SC). Além da tristeza dos atletas, o silêncio de Kléber Gladiador, a ausência do presidente Rogério Bacellar, e o choro do técnico Marcelo Oliveira marcaram o triste domingo para os alviverdes.
Tido como o principal líder e referência técnica do elenco, o autor do gol de honra alviverde no revés para a Chape se esquivou de qualquer entrevista ou explicações à torcida coxa-branca. O Gladiador teve temporada turbulenta, com longos períodos ausente, seja por suspensão, seja por lesão.
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No trajeto entre o vestiário e o ônibus, além do técnico Marcelo Oliveira, que foi às lágrimas, apenas o zagueiro Cléber Reis e o goleiro Wilson “deram a cara à tapa”. Outros atletas experientes, como o lateral Thiago Carleto, o atacante Rildo e os volantes Jonas e Edinho também preferiram o silêncio.
Segurando a tristeza, Cléber Reis comparou a queda para a Série B à perda de um familiar próximo. “Eu baixo a cabeça porque tem o clube, minha família, a torcida e as pessoas que trabalham pelo clube, os funcionários e pela instituição Coritiba”, desabafou o defensor.
“É difícil de sair andando.Com 26 anos, ter esse fato nas minhas costas é pesado, difícil, doloroso pra caramba.É como se fosse a perda de uma pessoa que você tanto ama na família e infelizmente aconteceu isso”, completou.
Debandada
Já o goleiro Wilson admitiu que o fato de 22 atletas do elenco terem seus contratos terminando após o Brasileirão atrapalhou a caminhada do Coritiba no Brasileirão.
“Muita gente no meio do caminho, na dificuldade, acaba vendo que não vai ficar, pensando no seu futuro e perdendo um pouco o foco”, afirmou. “É difícil citar apenas um fator responsável, são muitas coisas que acabam pesando e no final acarretam no rebaixamento”, afirmou.
Com contrato até 2020, o arqueiro afirmou que pretende permanecer no clube. “Eu não queria falar disso agora. Tenho contrato e pretendo cumprir, já falei”.
Separado
Um dos casos de atletas que não ficarão é o do volante Anderson. Uma das surpresas da convocação do técnico Marcelo Oliveira para a partida, ele não jogava desde a 28.ª rodada, dia 15 de outubro, contra o Grêmio.
Após o jogo, ao contrário dos demais companheiros, Anderson seguiu viagem em um carro separado da delegação. Único jogador que deixou o vestiário já sem o uniforme do clube, o meia teve despedida melancólica, concluindo uma passagem desastrosa pelo Alto da Glória.
Presidente ausente
No duelo mais importante do Coritiba na temporada, o clube foi representado em Chapecó pelos vices Alceni Guerra e Celso Andretta. O presidente Rogério Bacellar sequer veio à cidade catarinense. Ele se manifestou posteriormente à queda em nota oficial no site do clube. Este foi o último ato do mandato de Bacellar, que deixa o cargo nos próximos dias.
Tensão
Integrantes da delegação alviverde não escondiam o receio de encontrar na saída do estádio a torcida do Coritiba que foi até Chapecó. No entanto, os torcedores rapidamente voltaram para seus ônibus de viagem, enquanto o elenco deixou a Arena Condá tranquilamente.
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