A batalha de bastidores entre o Coritiba e o atacante Mosquito voltou a esquentar, com trocas de acusações de ambos os lados.
Cria da base alviverde, o atleta de 20 anos tenta rescindir seu contrato com o clube na Justiça. Já o Coxa batalha para manter o jogador e renovar seu contrato. Em meio à disputa jurídica, o presidente alviverde, Samir Namur, acusa Mosquito de ter “fugido” do CT da Graciosa no último sábado (7) e ainda não ter retornado.
TABELA: Veja os confrontos do Coritiba na Série B
“O Coritiba em nenhum momento afastou o Mosquito dos treinamentos, em nenhum momento tratou ele de forma diferenciada dos outros atletas. No último sábado pela manhã, no CT da Graciosa, o Mosquito saiu no meio do treino”, acusou Namur, em entrevista à TV Coxa.
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“Pediu todo seu material na rouparia. Este pedido foi negado. E até agora, quarta-feira (12), não retornou mais. Ele ingressou com três ações na Justiça do Trabalho para rescindir unilateralmente seu vínculo, mas não tinha fundamentos e teve o pedido negado”, prosseguiu Namur, que ainda chamou o atleta de “ingrato”.
O advogado de Mosquito, Filipe Rino, rebate o mandatário, argumentando que o próprio clube afastou o jovem dos treinamentos com os demais companheiros. Ainda segundo Rino, um parecer favorável do Ministério Público do Trabalho, na manhã desta sexta-feira (13), deixou o Coritiba desesperado.
“O Mosquito não fugiu. Continua trabalhando normalmente, vem cumprido seu contrato de trabalho. O que acontece é que o Coritiba afastou ele e o está proibindo de treinar, a realidade é essa”, rebate Rino.
A reportagem teve acesso ao despacho do Ministério Público do Trabalho, que dá parecer favorável a Mosquito na tentativa de rescindir imediatamente o seu vínculo com o Coxa, por causa do atraso de parcelas no FGTS. A disputa, agora, voltará aos tribunais, após o parecer do MP.
“O Ministério Público do Trabalho foi favorável à rescisão de contrato e agora o Coritiba está esperneando para tentar puxar para o lado deles um jogo que foi revertido. Vai caber à Justiça a definição”, reforça Rino.
Entenda o caso
Atleta do Coritiba desde os nove anos, Mosquito nunca atuou pela equipe profissional. Ele foi um dos destaques do time na campanha do Brasileirão sub-20 do ano passado.
No início de 2018, a nova diretoria liderada por Samir Namur ofereceu um contrato de três anos ao atleta, com vencimentos de R$ 30 mil mensais no primeiro ano, R$ 40 mil no segundo e R$ 50 mil no terceiro. Mosquito rejeitou a proposta e desde então vem treinando no clube, sem ser utilizado.
“O nome disso para mim é ingratidão”, ataca Namur. O Coritiba respondeu por toda formação dele, alimentação, suplementação, assistência médica e psicológica e, depois de 11 anos, ele não aceita uma proposta excelente como essa, na minha opinião”, prossegue.
Namur ainda deixa as portas abertas para o jogador retornar e aceitar a proposta alviverde. Fato que não deve acontecer. O estafe do atleta acredita que o Coxa demorou para valorizar Mosquito, que nunca foi utilizado no profissional.
O próprio atleta também gravou vídeos no CT da Graciosa em que demonstra insatisfação com a situação. Treinando sozinho na academia do clube, o jogador filmou os companheiros em campo e disse: “rolando o treino lá e eu sozinho na academia, de volta”.
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