As obscuras contratações dos desconhecidos jogadores Ricardinho e Dion Henrique pelo Coritiba, em 2016, seguem rendendo consequências negativas ao clube. Nesta terça-feira (30), o Coxa teve de reiterar, uma vez mais, via nota oficial, que as negociações não foram ilegais.
Segundo reportagem do UOL Esporte, publicada também nesta terça, o presidente Rogério Bacellar foi duramente cobrado em reunião do Conselho Deliberativo do Coritiba, na última segunda-feira (29).
De acordo com o texto, uma comissão foi designada para investigar os possíveis atos de lavagem de dinheiro e violação dos regulamentos internacionais de transferência da Fifa — o Coxa serviria aos atletas como ponte de transferência para a China, o que é passível de punição pela entidade.
Os jogadores, por sua vez, nunca estiveram nos planos desportivos do clube, apesar de terem assinado contrato e até mesmo tirado uma foto “fake” de apresentação oficial, com o símbolo e patrocinadores do clube em um painel atrás deles.
Diante da situação, o presidente Rogério Bacellar, principal alvo das críticas, não concede entrevistas. Recentemente, o ex-diretor Maurício Andrade, que geria o futebol alviverde na época da transação, garantiu que toda a ação partiu do mandatário, sem passar por Andrade.
Diante do silêncio de Bacellar, o Coritiba assegura via nota oficial, no site do clube, que a negociação foi “correta, longe de riscos”, “realizada dentro das leis vigentes e com amparo jurídico” e dentro da “responsabilidade com a postura ética”, “preservando a estrutura administrativa do clube de ilegalidades e ações temerárias”.
Após deixar o clube, Dion, que ganhou alguma notoriedade por postar uma foto nas redes sociais vestindo o uniforme do clube e fazendo uma careta, entrou com uma ação trabalhista na Justiça contra o Coxa. Na mesma nota oficial, o Coritiba assegura que esta ação já foi retirada pelo jogador.
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