O Coritiba pode tirar proveito pelo aspecto esportivo da paralisação do futebol por causa da pandemia do coronavírus. Para isso, a diretoria terá que ser precisa no mercado da bola, que segue na ativa mesmo com os campeonatos suspensos.
Segundo o presidente Samir Namur, a ideia é apresentar até cinco reforços para o Brasileirão com capacidade para assumirem a titularidade. A medida é para fortalecer o elenco justamente no período do ano em que o clube terá mais receitas com cotas de televisão e renda dos jogos na Série A.
Para isso, o Coxa precisa buscar peças em determinadas posições. Com a saída programada do lateral Yan Couto, em junho, para o Manchester City, o Coritiba necessita de um lateral-direito que chegue para resolver o setor.
Outro setor que necessita reforço é o ataque. Com a saída de Guilherme Parede, o Coxa tem poucas peças para atuar pelos lados do campo. Sem alternativas, Barroca já até testou dois centroavantes juntos contra o PSTC, mas a estratégia não deu certo. Além disso, mais um meia de criação é essencial para o Brasileirão.
Lado ruim...
O maior problema para o clube pelo lado esportivo é o tempo sem treinamentos. Os jogadores foram liberados das atividades por período indeterminado. Para o técnico Eduardo Barroca, este era o momento da temporada em que a equipe mais apresentava “evolução”, uma palavra bastante usada pelo treinador.
Na ideia do treinador, o Coritiba estava com uma defesa mais sólida e havia melhorado a criação das jogadas ofensivas. Nos últimos quatro jogos, diante de Cianorte, Toledo, PSTC e Athletico, o Coxa sofreu apenas um gol (em um pênalti contestado pelo próprio treinador, no empate contra o Toledo).
O lado ofensivo mostrou seu poderio no Atletiba. O Coxa dominou as ações, criou e foi efetivo. Resultado: fez três gols apenas no primeiro tempo e venceu com tranquilidade por 4 a 0.
Perdas financeiras...
Além dos aspectos relacionados ao campo, em que é há como prever possíveis ganhos (e perdas), o Coxa terá de enfrentar desafios financeiros ao longo do período em que o futebol estiver em recesso.
Há uma preocupação no clube com perdas de sócios, por causa da falta de jogos no período. Sem as partidas, o clube também vê caírem receitas com bilheteria e demais serviços prestados no Couto Pereira.