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João Carlos Vialle e Samir Namur, hoje os prováveis candidatos na eleição do Cortiba. Fotos: Montagem com  fotos de Jonathan Campos e divulgação Coritiba/ |
João Carlos Vialle e Samir Namur, hoje os prováveis candidatos na eleição do Cortiba. Fotos: Montagem com fotos de Jonathan Campos e divulgação Coritiba/| Foto:

A eleição presidencial do Coritiba está encaminhada para o lançamento de duas chapas. A sucessão do presidente Rogério Bacellar será votada no dia 9 de dezembro e o atual mandatário não tentará a reeleição. Para concorrer ao pleito, são necessários o apoio de 160 sócios candidatos ao Conselho Deliberativo na mesma chapa, além de cinco nomes para compor o G5 administrativo, o que dificulta o lançamento de uma terceira chapa. O colégio eleitoral gira em torno de 6.700 sócios.

A primeira chapa já tem candidato definido. Samir Namur, 34 anos, que era presidente do Deliberativo até a última segunda-feira (25), quando pediu licença do cargo para lançar a candidatura a presidente. Namur é advogado, graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e tem no currículo os títulos de mestre e doutor em direito civil pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente é professor da UFPR.

TABELA: Veja como está a classificação da Série A

O grupo será composto pela ala jovem do conselho deliberativo coxa-branca. Namur será apoiado por Jorge Durao, vice-presidente do Deliberativo, Paulo Baggio, que preside o Conselho Fiscal, e por David Colaço Meira, membro do Conselho Fiscal. A chapa ainda não oficializou a candidatura e não definiu o G5 do conselho administrativo.

A segunda chapa tem como candidato favorito o médico João Carlos Vialle. O ortopedista de 73 anos será apoiado por membros da ‘velha guarda’ coxa-branca, como o ex-presidente Jacob Mehl, que confiam no retorno de cartolas experientes como solução para o Coritiba. Vialle foi chefe do departamento médico no ano do título brasileiro em 1985. Em 2007, na campanha do acesso para a Série A, era o diretor de futebol alviverde. Exerceu a mesma função em 2009, ano da queda para a Segundona.

“Estamos em fase de reunião dia e noite. Mas até a próxima semana teremos definido quem será o nosso nome. Já sabemos que o Samir Namur vai sair candidato, mas eles são dissidentes da chapa Coxa Maior e da atual gestão. A oposição que realmente existe no Coritiba somos nós”, afirma Vialle.

Procurado pela Gazeta do Povo, Namur não quis comentar as declarações de Vialle. “Antecipar a campanha eleitoral prejudica o clube, que no momento deve focar apenas no futebol. A inscrição das chapas é dia 09 de novembro, data em que saberemos quem são os candidatos”, afirma o advogado. Segundo apurou a reportagem, a chapa de Namur foi procurada pela ala da ‘velha guarda’, mas negou apoio para lançar a própria candidatura com o intuito de quebrar o ciclo de nomes carimbados no comando coxa-branca.

Nos bastidores, o ex-vice-presidente, Paulo Thomaz de Aquino, ainda tenta a junção das duas chapas.“Quero buscar a experiência dos mais velhos com o arrojo dos mais jovens. Esta sim é a melhor equação. Temos que ter humildade e abrirmos mão da vaidade”, analisa Aquino.

Já o empresário Giovanni Kassin, dono da rede de restaurantes Di Frango, confirma o apoio a Vialle após ter o seu nome cotado para ser candidato no primeiro semestre. “Muita gente me procurou sim, mas eu estou fechado com o Vialle. O grupo ainda não decidiu, mas eu não vou me opor para o Vialle ser o candidato. Ele tem muita experiência e nossas ideias convergem. O que está certo é que não vou apoiar o Samir Namur. Nada contra ele, mas não vou apoia-lo”, garante o conselheiro.

Também existe uma sondagem para Maurício Andrade integrar a chapa de Vialle e voltar a ser CEO do clube. Andrade foi o homem-forte da gestão de Bacellar entre 2015 e 2016, após a saída de João Paulo Medina, mas pediu o desligamento alegando problemas de saúde. O gestor esportivo também se envolveu em uma polêmica com atual presidente no caso da negociação obscura dos jogadores desconhecidos Dion Henrique e Ricardinho. Andrade negou ser o responsável e acusou Bacellar pelo negócio misterioso.

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