Com o contrato prestes a acabar, o goleiro Wilson, que contra o Internacional se tornou o terceiro no ranking a defender mais vezes a meta do clube, diz ter planos de permanecer por muito tempo no Alto da Glória.
Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo/Tribuna do Paraná, Wilson, que soma agora 234 jogos pelo Coritiba, disse que as conversas em relação ao seu contrato, que vence no dia 31 de dezembro deste ano, já estão avançadas.
O camisa 84 cogita ultrapassar a marca de Vanderlei, o segundo colocado com 301 jogos, e se aposentar no clube que defende desde 2015.
"Sempre deixei claro que é minha vontade, acredito que não teremos muita dificuldade". "Com certeza é possível uma renovação. Sempre deixei claro que é minha vontade. Meu empresário e a diretoria já estão conversando. Acredito que não teremos muita dificuldade”, garante.
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Cedo para pensar em pendurar as luvas
O goleiro de 36 anos descarta pensar tão cedo em aposentadoria. Valorizando a marca atingida pelo Coxa, ele acredita que o feito é algo a ser exaltado, já que a atual realidade do futebol inviabiliza a presença por longos períodos dos jogadores nos times.
“Não pensei em aposentadoria! Tem muito tempo ainda! [Risos]. Lógico que o Coritiba é um time que eu penso em me aposentar, com certeza. Tenho muita história, aqui, muita identificação, existe essa possibilidade, porém tem muito tempo pela frente, muita lenha pra queimar. Mas quem sabe a aposentadoria pode ser no Coritiba”, projeta.
Wilson também faz outra projeção. Em um cenário de renovação de contrato e dependendo o período acertado entre ele e o clube, o goleiro quer subir posições na marca histórica de goleiros que mais vezes vestiram a camisa do Coritiba. Vanderlei é o segundo no ranking, com 301 jogos, atrás de Jairo, com 410 partidas.
“Alcançar o Vanderlei, 301 jogos, é possível, [risos]! Renovando e dependendo do tempo de contrato, tem chances de alcançar esses números. Seria mais marcante ainda, mas vamos ver a renovação, espero que dê tudo certo”, confia o ídolo.
Período na reserva
Ídolo consagrado pela torcida, Wilson amargou o banco de reservas desde meio do ano passado até o início deste ano. No final da Série B em 2019, no Campeonato Paranaense e na Copa do Brasil de 2020, o goleiro foi banco de Alex Muralha.
Wilson foi emprestado em setembro de 2019 para o Atlético-MG, onde permaneceu até dezembro. Foi o único período do jogador longe do Couto Pereira desde 2015.
“Procurei continuar trabalhando da mesma maneira, respeitando a decisão e os companheiros. Não que eu tenha concordado, mas envolve muitas coisas. Sempre falei que nunca fui titular absoluto. Ninguém é insubstituível, a gente sempre tem que trabalhar em grupo e respeitar as decisões, agora felizmente pude dar sequência. Esperei o momento”, avaliou.
Do Céu ao Inferno
Em cinco anos no Alto da Glória, Wilson viveu momentos opostos com o clube. O goleiro disse não poder enumerar tantos momentos marcantes que guarda na memória com a camisa do Coxa, mas se recorda de um em especial: a vitória, nos pênaltis, em cima do Belgrano, na Argentina, pela Sul-Americana de 2016. Wilson foi para o marca da cal, reverteu uma cobrança e, além disso, defendeu outros dois chutes.
“Foram muitos momentos felizes, muitas defesas marcantes e jogos especiais. É difícil apontar entre títulos, a participação na Sul-Americana e o acesso no ano passado, que não fiquei até o final, mas participei. Destaco a disputa de pênaltis com o Belgrano. É algo muito marcante. Porém, sem dúvidas, um momento triste que vivi foi a queda em 2017”, recordou, citando o rebaixamento para a Série B quando o Coxa sofreu um gol da Chapecoense nos minutos finais.
Esperança em Rodrigo Santana
Ainda que esteja empolgado em seguir vestindo a camisa coxa-branca por mais tempo, Wilson lamentou o momento do time. O Alviverde é o 15º colocado no Brasileirão, mas desde o início da disputa briga exclusivamente para se afastar da zona de rebaixamento.
Na opinião do goleiro, a troca constante de técnicos refletiu a tensão vivida internamente no clube. Rodrigo Santana é o terceiro treinador do Coritiba neste ano. Anteriormente, Eduardo Barroca e Jorginho comandaram a equipe.
“Infelizmente nossa competição vem sendo dessa maneira, a gente tentando se afastar da zona de rebaixamento. Se estamos no terceiro treinador, esse excesso aconteceu porque as coisas não estavam acontecendo dentro de campo. Esperamos que com o Rodrigo as coisas se encaixem e que possamos ter um segundo turno com mais tranquilidade”, disparou.
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