Uma reunião com cerca de 70 pessoas na noite dessa quinta-feira (1) encaminhou a candidatura de João Carlos Vialle, da chapa Sangue Verde, à presidência do Coritiba.
Detalhes ainda estão pendentes, incluindo a composição para o Conselho Administrativo (G5), mas o histórico médico coxa-branca representaria a união com outros dois grupos políticos do clube.
Após o rompimento com Vilson Ribeiro de Andrade, Vialle foi convidado pela base da situação, comandada por Samir Namur, e também pelo grupo liderado por João Luiz Buffara Lopes, o Jango, para ser cabeça de chapa na eleição. Neste momento, a disputa seria com Renato Follador, da Coritiba Ideal. Ainda não há definição sobre o futuro de Vilson no processo eleitoral.
"Fiquei muito honrado em ser convidado. O importante não são os nomes, mas a união de várias correntes políticas do Coritiba", disse Vialle à reportagem.
"Queremos bater o martelo logo. Ainda falta definir algumas coisas. Mas após a reunião o pessoal já estava me abraçando e chamando de presidente", revelou o pré-candidato, que nunca escondeu o sonho de comandar o Coxa.
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Um dos pontos que ainda não foi acertado é o número de indicações de Vialle ao G5. Inicialmente, ele pediu duas vagas, além da presidência, mas a oferta contemplava apenas um nome.
Muito ligado a Vialle, o ex-presidente Giovani Gionédis tem aconselhado o amigo e já prometeu prestar toda a assessoria jurídica ao clube. Ainda nesta sexta-feira (2), uma reunião com a presença de Gionédis, que sempre se mostrou a favor de uma composição de todas as vertentes políticas, pode bater o martelo e selar a candidatura.
"O Giovani conversou comigo a respeito de aceitar uma vaga. E também tem a questão de que ele nos ajudaria bastante na questão da dívida do Coritiba, com seus advogados, sem entrar no G5. Seria um G6 invisível", explica Vialle, que adiantou uma novidade: a advogada Marianna Libano de Souza faria parte de seu G5, podendo ser tornar a primeira mulher dentro da diretoria na história do clube.
Caso a candidatura se confirme, Vialle concorrerá pela terceira vez à presidência do Coxa. Em 2017, ele foi o segundo mais votado, com 32% dos votos, derrotado por Samir. Em 2007, perdeu por um apenas voto para Jair Cirino.
O médico tem um longo histórico dentro do clube. Trabalhou no departamento médico do Coxa na campanha do título brasileiro de 1985 e foi coordenador de futebol em 2007, ano que o time venceu a Série B.
Quando será a eleição?
A data da eleição ainda não foi oficializada. Neste sábado (3), em uma assembleia-geral, o assunto será discutido. Os sócios votarão pela manutenção do pleito em 12 de dezembro ou pelo adiamento para março de 2021.
O motivo alegado para o eventual adiamento é o prolongamento do Brasileirão até fevereiro próximo ano por causa da pandemia de Covid-19, fato que prejudicaria o desempenho do clube, de acordo com alguns conselheiros coxas-brancas.
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