O presidente do Coritiba, Samir Namur, falou em entrevista coletiva após o acesso do clube à Série A, depois da vitória por 2 a 0 sobre o Vitória no Barradão.
O comandante respondeu sobre vários temas: dedicou a conquista do acesso ao ídolo Dirceu Krüger, falou sobre o elenco e a renovação com Jorginho, além de não descartar utilizar jogadores da base no Campeonato Paranaense, para priorizar a Copa do Brasil e Brasileirão.
Confira os principais pontos da entrevista de Samir Namur:
Krüger
Quero dedicar este acesso àquele que é e foi o nosso exemplo de jogador, funcionário, técnico, que nos deixou no começo do campeonato e nos impulsionou em toda essa campanha. O mais importante para nós, dentro do Coritiba, é dedicar esse acesso ao Dirceu Krüger.
Sentimento de alívio pelo acesso
O sentimento é de alivio por toda a dificuldade que foram estes dois anos, pelo peso da obrigação de subir, que o Coxa sempre teve, vimos isso na arquibancada em todos os jogos. E a torcida tem razão de dizer que a primeira divisão era obrigação. É um sentimento de alívio e dever cumprido hoje também. Mas já na segunda-feira temos um dever muito maior de fazer mais em 2020, que esta torcida e este clube merecem.
Confiança no elenco
Eu tive uma confiança muito grande no grupo. Claro que pensávamos que íamos brigar pelo titulo, não aconteceu, mas tinha uma confiança grande nos jogadores. Não à toa o Coritiba ficou 10 jogos invicto no primeiro turno, 13 jogos invicto nesta reta final, terminando com quatro vitória seguidas. Os números mostram que o Coritiba tinha elenco para subir e aconteceu.
Pressão
Na questão pessoal, eu me preparei emocionalmente para estar onde eu estou e receber este tipo de pressão. Sempre tentando entender o que está acontecendo, o porquê das críticas, da pressão. Eu, assim como toda a torcida, sei o tamanho que este clube tem. Eu sabia exatamente onde estava entrando e sempre me senti preparado. Mas tem o outro ponto, o Coritiba termina a Série B com a maior média de público da Série B, terminamos com mais de 20 mil sócios, em um ano difícil. Então, eu uso estes dois números para dizer que tem muita gente concordando com o nosso trabalho. Mas claro que não vamos agradar a todos e a minha resposta a eles sempre vai ser o diálogo.
Jorginho e reforços
O principal é o aproveitamento, o Jorginho tem aproveitamento de 71%. Analiso também isso de duas formas, um time que sobe pode de, alguma forma, ser base para um bom ano de Série A, mas esse time, esse elenco não é suficiente. É preciso reforçar, elevar o patamar financeiro, de gastos e isto vai acontecer. É claro que a gente busca manter os principais elementos deste time, manter uma base para o ano que vem e reforçar bastante. E eu falei para os jogadores no vestiário que, em 2020, o Coritiba não fica na zona de rebaixamento, não briga para cair e quem destes atletas ficar tem que colocar na cabeça que o Coritiba quer sim brigar por coisas grandes.
Rodrigo Pastana
As conversas com os profissionais, Pastana, Jorginho, comissão técnica, não aconteceram ainda, porque deixamos bem claro que o objetivo primeiro era o acesso. Eu não sei nem se eles querem ficar no Coritiba ainda. Essas conversas vão começar a partir de agora, mas posso dizer ao torcedor que acredito em um trabalho a longo prazo e na continuidade dos trabalhos. E dentro do Coritiba vou me esforçar para que os profissionais continuem.
Campeonato Paranaense
O Paranaense tem um problema muito grave que é a falta de receita. Não existe contrato com a TV, o campeonato não vai ser transmitido, então porque que o Coritiba valorizaria um campeonato que muito pouca gente valoriza. Temos a Copa do Brasil simultaneamente que o Coritiba foi muito mal recentemente e foi muito prejudicado por usar os principais jogadores no Paranaense. Não há nada definido, mas é bem possível que o Coritiba utilize em diversos momentos time misto, jogadores de base no Paranaense. Essa possibilidade é concreta sim.
Finanças em dia
Se existe um mérito meu, foi de, no ano de maior dificuldade do clube, no ano de menor receita do clube, foi de manter, os salários em dia, todas as obrigações com funcionários e jogadores em dia até o final do campeonato. A receita da Série A é drasticamente maior, aumento de, pelo menos, 50 milhões, se falarmos em TV, patrocínio, sócios, bilheteria, tudo aumenta. Então, o Coritiba espera resolver outras pendências, com fornecedores, acordos trabalhistas, e o Coxa vai trabalhar agora com uma receita de Série A para regularizar isso.
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