O presidente Samir Namur revelou bastidores do seu primeiro ano de gestão no Coritiba. Em entrevista à rádio Banda B, Samir Namur analisou a temporada de fracasso do Alviverde, que culminou na permanência do clube na Série B para 2019. Além das finanças e uma possível saída do goleiro Wilson, e dos nomes cotados para assumir o departamento de futebol, Namur pediu desculpas, avaliou contratações e destacou os erros cometidos. Leia os principais trechos:
Pedido de desculpas
Namur iniciou a entrevista pedindo desculpas. Depois, o presidente também aceitou as cobranças da torcida, mas disse que não sente pressão para renunciar ao cargo.
“Me dirijo ao torcedor ,que está com orgulho bastante ferido. Acima de tudo faço um pedido de desculpas. Erramos em vários pontos. A responsabilidade é dos atletas, da comissão técnica, mas acima de tudo é do presidente”.
“Com três meses de gestão enfrentei protesto da organizada [Império]. Acho que fui o primeiro presidente a sofrer pressão tão cedo. Eu estava bastante preparado. Tenho serenidade e muita gente me apoiando. Sei exatamente como administrar essa pressão”.
Desespero, a chegada de Pelaipe e rejeição
O experiente diretor de futebol Paulo Pelaipe foi contratado restando 12 dias para o fechamento das inscrições para a Série B. O único jogador contratado durante o período foi o volante Escobar, que estava na Série C atuando no Cuiabá. Considerado caro para os padrões do Coxa, Pelaipe não ficará para 2019.
“O Coritiba se distanciava do G4 e víamos com certo desespero que tínhamos que ir atrás de algumas peças. Concordo que ele chegou com o prazo de 12 dias. O Pelaipe não tem culpa disso, ele fez diversas e boas tentativas. Tiveram atletas da Série A que foram liberados pelos seus clubes e não quiseram vir ao Coritiba jogar a Segunda Divisão”.
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Contratações erradas
Samir Namur nomeou algumas contratações feitas e admitiu os erros nas escolhas. Para o presidente, o lateral Leandro Silva foi o melhor reforço. O meia Chiquinho também foi elogiado. Porém, o volante Uillian Correia, os meias Alisson Farias e Jean Carlos, além do atacante argentino Alvarenga foram citados como contratações mal feitas.
“O Uillian Correia vinha com um peso muito grande. Foi o mais caro, o único com salário de três dígitos. Foi pedido do Eduardo Baptista e veio para resolver o problema. Chega o Eduardo e fala para o presidente ‘traga, pode gastar que ele vai resolver e nós vamos subir’. Mas é um atleta que jogou pouco e foi uma contratação ruim”.
“O Jean Carlos teve bastante oportunidade e não mostrou. O que se esperava dele era muito mais. A gente esperava que ele fosse o 10. Temos que reconhecer que não foi uma boa contratação”.
Arrependimento
O principal ponto que o presidente do Coritiba citou como erro foi não ter contratado profissionais com experiência na Série B. Neste caso estão enquadrados o diretor de futebol Augusto Oliveira, o técnico Sandro Forner e o gerente Pereira. Todos foram demitidos ao longo da temporada.
“Nesse momento é fácil de responder vendo que o resultado foi um desastre. Se pudesse fazer muita coisa diferente, evidente que faríamos. Do jeito que fizemos, não deu certo”.
“Estou decepcionado com o resultado do trabalho, mas eram profissionais muito dedicados. A gente olha para trás e as decisões que eles tomaram deram errado. Sempre falamos em profissionalismo no departamento de futebol, que é dar autonomia. E nós pecamos nisso. Demos autonomia para que esses profissionais trabalharem sem interferência . Nós poderíamos ter feito e não fizemos”.
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