O presidente do Coritiba, Samir Namur, tentará a reeleição em chapa própria. A decisão será comunicada oficialmente nesta terça-feira (6) ao pré-candidato João Carlos Vialle, da Chapa Sangue Verde, com quem, na semana passada, havia conversas sobre uma composição.
"Estamos em busca dos 165 nomes para compor a chapa. Sem isso, não existe candidatura. O grupo tentou a união política de todas as formas, mas não conseguimos. Seria o mais importante no momento para o clube, porém sempre ficaram claras as diferenças de discurso e propostas com relação aos outros grupos", disse Samir à Gazeta do Povo.
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A falta de um consenso político sobre o rumo do clube, portanto, fez com que o atual mandatário coxa-branca mudasse de postura. Inicialmente, Samir não pensava em permanecer na presidência – também por ter consciência de sua rejeição com parte da torcida – e tomou parte de diversas conversas para formar um grupo de composição com outras lideranças.
Porém, nenhuma tentativa rendeu frutos. Primeiro, com Renato Follador, da Coritiba Ideal. Mais tarde, com o ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, que chegou a lançar a candidatura com apoio da situação, mas depois voltou atrás para apoiar Follador.
A última tentativa foi com Vialle, mas novamente as ideias não bateram. "Temos uma bandeira muito clara de responsabilidade financeira e não abrimos mão que ela seja defendida na campanha", garantiu Samir, que terá Jorge Durao como um de seus vices.
Procurado pela reportagem, Vialle disse que ainda não havia sido comunicado por Samir, mas sinalizou que suas exigências para a candidatura conjunta não haviam sido aceitas.
"Não sou laranja para não ter poder de decisão", explicou o médico, derrotado por Samir nas eleições de 2017 por uma pequena margem: 38% a 32%.
Vialle garantiu que João Luiz Buffara Lopes, o Jango, da chapa Sempre Coritiba, está "praticamente consolidado" com um dos seus nomes para o Conselho Administrativo (G5).
Quando será a eleição?
A data da votação segue indefinida: 12 de dezembro de 2020 ou 6 de março de 2021. No último sábado, em assembleia remota, 89% dos sócios indicaram que preferem a manutenção do pleito em dezembro.
"Para mim o assunto está encerrado, com eleição em 12 de dezembro", falou o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Licheski.
Teoricamente, contudo, a questão ainda deveria ser analisada pelo Conselho Deliberativo. Caso isso não ocorra, abre-se espaço para que o tema seja levado à Justiça.
A ideia de adiamento apareceu após um grupo de conselheiros ligado a Samir juntar 39 assinaturas e pedir para o assunto ser analisado no Deliberativo, o que não aconteceu. O motivo alegado é que, por causa da pandemia de Covid-19, o processo eleitoral prejudicaria o clube já o Brasileirão termina apenas em fevereiro de 2021.
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