O Coritiba aguarda as definições da nova Lei de Zoneamento de Curitiba para apresentar oficialmente um projeto de ampla reforma do estádio Couto Pereira. A ideia inicial, de demolição completa e construção de uma nova casa, não foi bem recebida pela maioria dos conselheiros do Coxa e perdeu força no clube.
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Internamente, defensores da reforma sustentam que a obra custaria somente 10% dos valores especulados para construção de um novo estádio. Com isso, segundo os idealizadores, o Coritiba não precisaria recorrer a empréstimos para a construção. A avaliação alviverde é de que a maioria dos clubes que construiu estádios novos no país recentemente está endividada e com dificuldade de tornar suas casas rentáveis.
O presidente coxa-branca Rogério Bacellar esteve reunido com o prefeito Rafael Greca na segunda-feira (21) para tratar da nova legislação e fazer requisições que ajudem o clube em seu projeto. Também participaram o vice-presidente do Coxa, Alceni Guerra, o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), Reginaldo Reinert e o arquiteto Frederico Carstens.
Teto retrátil
Outra mudança diz respeito à exigência de teto retrátil. Inicialmente, a diretoria coxa-branca exigiu a estrutura em todos os projetos apresentados. Este cenário mudou. O projeto de reforma prevê um Couto Pereira com todas as arquibancadas cobertas, mas sem o teto retrátil.
Inspiração no Maracanã
O Coritiba trabalha com mais de um esboço de reforma do Couto — o projeto final dependerá das definições da nova Lei de Zoneamento de Curitiba, a qual o clube acredita que deverá ser votada dentro dos próximos três meses, assim como da viabilidade financeira.
A opção com mais força é buscar inspiração na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014: aproximar as arquibancadas do gramado e abolir os anéis, erguendo uma estrutura única que vá do primeiro ao último lance de arquibancadas.
Viabilidade econômica
Uma das principais apostas do Coritiba é a construção de um edifício no espaço onde hoje fica o estacionamento do Couto Pereira, ao lado da churrascaria. A construção poderia virar um hotel ou outro empreendimento comercial.
Outros pontos anexos ao estádio também poderiam ser alugados para comércio. No entanto, tudo isso ainda depende da nova Lei de Zoneamento da cidade. O clube, por sua vez, trabalha com um plano diretor, no qual a reforma seria conduzida por partes, de acordo com os recursos financeiros disponíveis.
“Novo Couto” morreu?
A perda de força não significa que o projeto de construção de um novo Couto Pereira construído a partir do zero foi descartada.
A ideia segue sendo defendida pelo vice-presidente, Alceni Guerra, um de seus idealizadores, assim como pelo ex-jogador Juliano Belletti, que acumula uma série de cargos no clube: diretor executivo internacional, diretor de marketing e comunicação, além de ter assumido a frente na viabilização do novo estádio.
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