Com o rebaixamento em Chapecó, o Coritiba administra agora o impacto financeiro. A queda abalatodas as atuais frentes de receitas do clube.
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“O rebaixamento reduz desde receitas de patrocínios e cotas de tevê, passando por torcedores e bilheteria. Todos os fundos de receita, em tese, caem”, explica o especialista em marketing e gestão esportiva, Amir Somoggi.
Vale lembrar que o rebaixamento, no primeiro ano de Segundona a cota de tevê do Coritiba permanece inalterada: R$ 35 milhões. No entanto, a queda diminuiria o poder de barganha do clube no momento de rediscutir estes valores no futuro.
Outras fontes de renda, como patrocínios, sócios-torcedores, bilheterias e premiações de competições, caem imediatamente. “O Coritiba tem um número fixo de sócios que nunca o abandonam. É uma garantia que o clube tem. Mas mesmo a renda de sócios e bilheteria ainda é baixa”, prossegue Somoggi.
As principais consequências recaem mesmo sobre as negociações com a televisão e patrocinadores. “Há também uma perda natural de interesse da torcida, com jogos menos empolgantes, sem apelo”, complementa.
No último balanço financeiro publicado pelo clube, relativo ao exercício de 2016, o Coritiba relatou receitas de R$ 9,3 milhões com patrocínios, R$ 8,5 milhões com venda de atletas, R$ 10,9 milhões com receitas de bilheterias e outros R$ 18 milhões com o plano de sócio-torcedor (21.500 adimplentes à época, cerca de 18 mil atualmente).
Já a dívida total do Alviverde foi registrada em R$ 254, 7 milhões, sendo R$ 45,8 milhões em passivo circulante e R$ 208, 9 milhões em passivo não-circulante (a longo prazo).
Eleição e soluções
Outro fator terá peso crucial para o futuro do Coritiba: a eleição presidencial de dezembro. O mês assinala o fim do ciclo do mandatário Rogério Bacellar e a composição de uma nova diretoria.
Para amenizar os impactos do rebaixamento, o Coxa teria uma saída, segundo Somoggi: criatividade nas estratégias de marketing. “Se entrasse uma gestão mais moderna, antenada com as novas tendências, o Coritiba indica uma grande potencialidade de marketing”, confia Somoggi.
Segundo o especialista, por ser o mais antigo dos clubes da capital, o Coxa possui o maior ativo histórico do estado. “O Atlético tem poderio econômico em termos de ativos fixos, propriedades. O Coritiba, em ativo histórico. Tem uma história, ídolos, tradição, é o único 100% puro-sangue, primeiro clube 100% curitibano”, afirma.
“Tem todo um contexto histórico que deve ser bem explorado. Vejo o Coritiba como uma espécie de Grêmio, neste sentido da história e tradição”, completa.
São três chapas inscritas: “Coritiba do Futuro”, do candidato a presidente, Samir Namur; “Sangue Verde”, do candidato João Carlos Vialle; e “Novo Coritiba”, do candidato Pedro Guilherme de Castro.
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