O Coritiba terá bate-chapa triplo nas eleições programadas para 12 de dezembro. O médico João Carlos Vialle, da Sangue Verde, confirmou sua candidatura à presidência nesta sexta-feira (9) e concorrerá com Renato Follador, da Coritiba Ideal, e com Samir Namur, que tentará a reeleição.
"O que me levou a ser candidato são os quase 50 anos de futebol, o conhecimento sobre como é tocar um clube e a experiência que tenho de trabalhar diretamente com os atletas", disse Vialle à Gazeta do Povo. O lançamento oficial da chapa será na próxima segunda-feira (12), data do aniversário do Coritiba.
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Com um longo histórico dentro do clube, Vialle, de 77 anos, tenta se eleger pela terceira vez. Em 2017, ele foi o segundo mais votado, com 32% dos votos, derrotado por Samir, que obteve 38%. Em 2007, perdeu por um apenas voto para Jair Cirino.
O médico ficou conhecido por comandar o departamento médico do Coxa na campanha do título brasileiro de 1985. Duas décadas depois, foi coordenador de futebol na campanha do título da Série B, em 2007, no mandato de Giovani Gionédis.
A última vez que ocupou um cargo no clube nos últimos meses de 2009, quando trabalhou, sem sucesso, para tentar evitar o rebaixamento. Ele também foi vice-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) por oito anos.
"Temos conhecimento para iniciar um processo. Não vamos resolver o problema do Coritiba em três anos, mas esperamos formatar um processo para que, em curto ou médio prazo, o clube se ajuste", completou Vialle, que conta com apoio de João Luiz Buffara Lopes, o Jango, que lidera o grupo Sempre Coritiba.
Período atribulado pré-eleição
Por se tratar de um ano atípico por causa da pandemia de Covid-19, várias lideranças do clube se reuniram para tentar formar uma chapa única. As conversas, no entanto, não deram certo e causaram à divisão atual.
Inicialmente, Follador conversou com Jango e Samir para viabilizar uma união. Depois, em reuniões lideradas por Gionédis, o plano de evitar o bate-chapa foi por terra quando a Coritiba Ideal se posicionou de forma contrária à composição.
O grupo da situação, então, recorreu ao ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Vilson chegou a anunciar candidatura com apoio de Samir e Jango, mas voltou atrás e, dias depois, afirmou que apoiaria Follador. O rompimento mudou o panorama das eleições.
Começou, então, uma aproximação entre Samir, Jango e Vialle. A formação de uma chapa única ficou bem encaminhada, mas também desabou por causa de divergências de pensamento e composição do Conselho Administrativo (G5).
Por fim, nessa semana, o atual presidente anunciou que tentaria a reeleição. Essa linha do tempo seguiu paralela à discussão sobre a data das eleições, que estão programadas para acontecer em 12 de dezembro, mas com risco de mais polêmica porque há brecha para discussão do assunto na Justiça.
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