O goleiro Wilson reforçou o status de ídolo do Coritiba na atuação histórica diante do Sport , no último domingo (29). Ele defendeu dois pênaltis e foi o grande personagem da vitória de virada por 4 a 3 na Ilha do Retiro. No Alto da Glória há pouco mais de dois anos, o experiente jogador de 33 anos precisou desbancar a concorrência de goleiros renomados para ser contratado pelo Alviverde.
Na metade de 2015, o Coxa estava no mercado atrás de um goleiro. Além de Wilson, outras duas opções estavam na pauta do clube. O primeiro era Dida, pentacampeão do mundo e que estava em reta final de carreira, no banco do Internacional. O outro nome era Cássio, goleiro que atuou no Vasco e que joga até hoje no Rio Ave, de Portugal.
Na época, Wilson era reserva de Fernando Miguel no Vitória, mas ganhou a preferência. Pesou a opinião do ex-técnico coxa-branca, Ney Franco.
“Nós tínhamos a opção do Dida e do Cássio. Mas o Ney Franco [técnico da época] fez questão de trazer o Wilson, com quem já tinha trabalhado. Ele garantiu que era um profissional de altíssima qualidade e que deixou um corredor de elogios no Figueirense e Vitória. E o Wilson provou isso. Além do profissional, ele é uma pessoa extraordinária”, elogia o diretor institucional do Coritiba, Ernesto Pedroso.
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Com contrato até o final de 2020 e direitos 100% ligados ao Coxa, Wilson é o goleiro com mais defesas difíceis no Brasileirão 2017, segundo o site especializado Footstats. Foram 52 intervenções em que ele evitou que o adversário balançasse a rede coxa-branca em 31 jogos. As atuações de gala também já renderam pedidos de convocação para a seleção brasileira para o atleta, como fez o técnico Marcelo Oliveira.
O camisa 84 – número que homenageia seu ano de nascimento – já defendeu o Coxa em 133 jogos e até marcou um gol. Na primeira fase do Estadual 2016, o goleiro empatou o jogo contra o Rio Branco, de cabeça nos acréscimos.
Também no ano passado, Wilson foi o herói da classificação alviverde nas oitavas de final da Sul-Americana contra o Belgrano. Na Argentina, o goleiro defendeu duas cobranças na decisão por pênaltis e ainda converteu uma. A credibilidade dele no clube é tamanha que ele foi escolhido recentemente cobrador oficial de penalidades, mas ainda não teve nenhuma cobrança para executar.
Carência de goleiros
Quando Wilson chegou ao Coxa, em 2015, a posição de goleiro assombrava o Coritiba. Depois da saída de Vanderlei para o Santos, o clube teve dificuldades de encontrar um camisa 1 que conquistasse a torcida e passasse segurança.
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Vaná era tido como o substituto dentro do clube. Criado na base, foi preparado para assumir a função em 2015 e ganhou até o apelido de ‘VaNeuer’, em alusão à Neuer, goleiro campeão mundial da seleção alemã que é especialista em jogar também com a bola nos pés.
Mas Vaná fez apenas 16 jogos, falhou na decisão do Paranaense perdida para Operário e caiu no desgosto dos torcedores. Hoje ele está no Porto, de Portugal, sendo o substituto imediato do espanhol Iker Casillas.
A solução improvisada pelo clube foi a contratação de Bruno Brígido, ainda em 2015, que tinha feito duas temporadas regulares no Criciúma. Mas o goleiro também não se firmou. Ele ainda segue no Alviverde e alterna posição com Rafael Martins no banco de reservas.
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