O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, nesta quinta-feira (30), a retomada das competições de futebol no Brasil.
Como argumento, Bolsonaro voltou a defender que jogadores profissionais, por serem jovens e com boas condições físicas, têm menor risco de letalidade caso sejam infectados durante a pandemia do novo coronavírus.
Em pronunciamento em março, Bolsonaro já havia declarado que, por seu histórico como atleta, ele não teria complicações caso fosse infectado pelo novo coronavírus. À época, médicos infectologistas rebateram e corrigiram as declarações do presidente.
Apesar de opinar sobre a volta do calendário de futebol, Bolsonaro destacou que a decisão não cabe ao governo e que qualquer retomada depende de recomendações publicadas pelo Ministério da Saúde e Anvisa, desde que sem a presença de público nos estádios.
"Não sou eu que vou abrir ou não o futebol. No momento, existe muita gente do meio futebolístico que entende, que é favorável à volta. Porque o desemprego está batendo à porta dos clubes também. E com a idade jovem do jogador, caso seja acometido pelo vírus, a chance de ele partir para a letalidade é infinitamente pequena. Até pelo estado físico, pela rigidez do atleta", declarou Bolsonaro, em entrevista à rádio Guaíba.
"Agora, ele [atleta] tem que sobreviver. Muitas vezes, a gente tem o pensamento que todo mundo, os jogadores, ganham horrores. Não, a maior parte não ganha bem e precisa do futebol para sustentar a sua família. Estão passando necessidade", reforçou.
O presidente ainda afirmou que tem conversado com o treinador do Grêmio, Renato Gaúcho e com o presidente da CBF, Rogério Caboclo, sobre a possibilidade de retomada dos jogos. “A decisão de voltar o futebol não é minha, não é do presidente da República, mas nós podemos colaborar”, emendou Bolsonaro.