A banda curitibana Relespública anuncia que vai dar um tempo e seus integrantes partem para outros projetos| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Entrevista: Perdigão, 31 anos, jogador desempregado

Você foi campeão mundial, da Recopa e da Libertadores pelo Inter (2006). Também ajudou o Corinthians a subir em 2008. Por que um 2009 tão ruim?

Depois de quatro anos de muito sucesso, achei que as coisas seriam mais fáceis para mim neste ano. Mas, lamentavelmente, não deu certo. Todo mundo me pergunta isso. Acho que perdi muito tempo sem clube, sei lá... Estava no Corinthians e achei que iria aparecer proposta de times grandes, como Cruzeiro, Atlético-MG ou até mesmo o Vasco, clube que defendi em 2007.

Você só foi acertar com o São Caetano em abril (deixou o clube em agosto, com apenas um jogo). Qual o motivo dessa demora?

Perdi espaço. Fiquei um, dois, três meses parado e a Série B já estava rolando. Não digo que foi um ano para esquecer, mas sim um período de aprendizado.

A culpa seria do seu empresário?

Olha, 50% dele e 50% minha.

Você recusou propostas salariais abaixo do seu piso?

Não, não. Olha, esse não foi o meu caso. Nenhuma proposta chegou para mim. Veja, empresário tem vários jogadores. Às vezes, o mercado se abre para uns e fecha-se para outros. Aí, você é esquecido. O empresário não consegue agradar a todos os seus jogadores.

O que fazer para evitar isso em 2010?

Quero voltar a jogar, independentemente de time. O futebol paulista seria uma boa, pois é um mercado forte e com estrutura. As portas se abrem se eu fizer um bom Paulistão.

E para entrar em forma?

Estou treinando em uma academia de Curitiba (joga o torneio municipal inter-academias). Mas é aquela coisa: um dia eu vou lá, outro falta vontade. De vez em quando me chamam para bater uma bolinha... Estou devagar. É difícil se dedicar quando se passa por essa instabilidade. A partir de novembro vou me dedicar. Em 30 dias estou em forma. Depois é só ganhar ritmo.

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Fim social:o Coritiba, em parceria com o Ministério Público, disponibiliza no seu site oficial um gibi comemorativo ao aniversário do Estatuto da Criança e do Ado­lescente (ECA) e do centenário alviverde. Além do personagem central se chamar ‘Coxinha’, o Vovô Coxa aparece nas páginas com dicas de direitos e deveres da garotada
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Mário Celso Petraglia reapareceu. Como sempre, polemizando. Em artigo veiculado no site cap4ever (administrado por petraglistas), o ex-dirigente cobra a participação do poder público para bancar o término da Arena. Ele justifica que até setembro de 2007, com base no antigo caderno de encargos da Fifa, o clube não precisava da verba estatal. Mas, agora, com as novas exigências, ele considera justo o aporte governamental. "Não há como abrir mão desses recursos. Os três níveis de governo deverão participar e viabilizar a conclusão da Arena", cobra.

ColéricoMCP também fez um breve relato da vitória atleticana pela conquista da Copa. O grande momento, no entanto, ocorre quando ele se refere ao Pinheirão como "furibundo" (irado, fulo...).

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Aviso

Petraglia ainda dá um recado: "Não vou me calar sobre este assunto chamado Copa do Mundo. Porque este fato poderá trazer intenso desenvolvimento para o nosso clube, bem como para a nossa cidade e para o nosso estado. Como atleticano por opção e paranaense de coração, não posso ficar de fora deste assunto. O futuro do nosso clube está em jogo."

Ai, ai, ai...

O julgamento no TJD para pôr fim ao supermando do Paranaense, marcado para 5/11, promete. São vários os impasses envolvidos. 1) O STJD já julgou o mérito do assunto; 2) Londrina e Iguaçu, que não estão no Estadual 2010, fazem parte do processo; 3) A Federação tem até 17/11 para alterar o regulamento, prazo-limite segundo o Estatuto do Torcedor.

...Uhhhhhh!

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A confusão ganha força devido à falta de empenho por parte de alguns clubes. Pior: o TJD bate cabeça com o processo. Tanto o procurador Levi Rocha quanto o vice-presidente do pleno, Paulo Gradella, admitem que pouco sabem ainda sobre a demanda.

Pleito tricolor

A eleição à presidência do Paraná, dia 11/11, deixa frustrada gente graúda no clube. Teme-se que continue tudo como ocorre hoje: parceria com empresários, poucas oportunidades às categorias de base. Aliás, este último parece ser o maior medo.

Massa de manobra

Apesar de Aquilino Romani, candidato da situação, já ter conversado com Luiz Alberto, dono da LA Sports, inviável a parceria continuar em 2010. O empresário diz que existem "torcedores profissionais" no Paraná. Estes, diz ele, a mando dos dirigentes das categorias de base do clube, atacam os seus jogadores.

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Nuvem passageira

José Carlos de Miranda, ex-candidato à presidência do clube, saiu desanimado da disputa. Sentiu-se traído pelo grupo da situação. Mas faz questão de dizer que o principal motivo para deixar o barco foi a preocupação da família com o possível desgaste por tocar o futebol paranista.

Sem mudanças

José Alves de Machado, adversário da situação tricolor, antecipa que se ganhar vai convidar Aurival Correia para tocar as finanças. Não descarta chamar Aramis Tissot para cuidar do futebol. Assim mesmo, considera as receitas do clube uma "caixa preta".

Eis a razão

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Ocimar Bolicenho, diretor de futebol do Atlético e ex-presidente do Paraná, garante que está completamente alheio ao pleito tricolor. Segundo ele, por mais que seja convidado para trabalhar no clube de coração, seria muito difícil aceitar. "Estou muito bem aqui (na Baixada). Terei a oportunidade de fazer uma temporada com o meu planejamento, não o dos outros", diz.

Salvaram-se

O zagueiro Luís Henrique, os volantes Luiz Camargo, João Paulo e Adoniran, o lateral Fabinho e os meias Rafinha e Davi são as prioridades de Aquilino Romani para 2010. Os dois últimos, ele transparece, dificilmente ficam.

Marcelinho ou Carlinhos?

Durante um treino do Atlético para o clássico de hoje, o técnico Antônio Lopes cometeu um gafe daquelas. Ao ver o atacante Pa­­trick dominar a bola com a sola do pé, soltou aos berros: "Assim, não! Matando a jogada igual ‘paraíba’, rapaz."

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Peneirada

Dos 22 jogadores do Atlético emprestados, apenas Ri­­car­­dinho, do ABC, deve voltar em 2010. O atacante, segundo os avaliadores rubro-ne­­­gros, tem se destacado na Série B. Alan Bahia e Ferreira não contam nessa lista, pois estão fora da realidade salarial.

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O site

Pouca gente deve ter visto. Na semana passada, por volta das 3 horas de Brasília, ocorreu a etapa australiana de MotoGP. O paddock, como reza a tradição da categoria, estava repleta de beldades. A organização até disponibilizou um vídeo para mostrar o festival de rostos bonitos.

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http://tinyurl.com/beldadesmotogp

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Top 5

Domingo de Atletiba, a Gazeta do Povo lembra seis boas histórias que ficarão do clássico nos anos 2000 - a partir do próximo, já serão os anos 2010, e assim por diante. Mas, espera aí. Seis boas histórias? Não é top 5? Sim, é top 5. Com dois primeiros lugares. O desempate fica por sua conta.

5 Paradona de Alan Bahia

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No Brasileiro-2008, a paradinha virou moda. Então Alan Bahia resolveu inovar. Correu para a bola e chutou o chão. Edson Bastos voou para um canto. E o volante atleticano rolou para o outro. Estava criada a paradona.

4 Cambalhota

Paranaense-2001, Atletiba no Couto Pereira. Marquinhos coloca o Coritiba em vantagem e, sem o menor pudor, dá uma cambalhota (seu apelido) na frente do goleiro Flávio. A torcida coxa-branca delira, já os jogadores do Atlético...

3 Furacão tipo B

Em meio à final da Libertadores de 2005, a tabela do Brasileiro previa um Atletiba. Antônio Lopes pôs um time B em campo, e se deu bem. Evandro fez o gol da vitória rubro-negra.

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2 Taça improvisada

Com um gol de Henrique Dias, o Coritiba assegura o título estadual de 2008 na Arena. Na hora de comemorar, nada de taça, a premiação em campo havia sido proibida pelo Atlético. Porém, um integrante do estafe coxa-branca saca da mochila um troféu pequenos, destes de torneio de fim de semana, e o elenco campeão dá a volta olímpica.

1 Correntinha

O Atlético já vencia o clássico do Brasileiro de 2002 por 1 a 0, quando Kléber teve a chance de matar o jogo, com uma bola limpa na área. Então, o Incendiário se abaixa no gramado, perde o lance. Ele procurava uma correntinha que caiu do seu pescoço.

1 Ssshhhh!

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Final do Paranaense de 2004, jogo pegado na Baixada. O Atlético vencia por 3 a 2 e garantia o título. Então Tuta, que já havia marcado o segundo, empata e dá o título ao Coritiba. Na comemoração, ele pede silêncio à torcida rubro-negra.

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Colaboraram Fernando Rudnick e Robson De Lazzari