Correria também fora das pistas

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Quem vê de fora, acha que a vida de piloto de automobilismo é fácil, cheia de mordomias e visitas a lugares sofisticados. No entanto, para o curitibano Augusto Farfus Jr, que corre neste domingo (6) a primeira etapa da temporada do Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC), em Curitiba, o panorama não é tão simples assim. Junto com o sucesso e a boa qualidade de vida que tem em Mônaco, cidade onde mora, ele mal tempo para aproveitar.

"No ano passado peguei 126 voos. Aqui em Curitiba mesmo, só passei dois meses. E lá em Mônaco, todo mundo pensa que deve ser muito bom morar, mas mal paro em casa", contou Farfus, que desde 1999 disputa campeonatos fora do país.

Neste ano a rotina de viagens do curitibano só está começando. Ao todo, contabilizando apenas as competições do WTCC, Farfus terá de entrar em um avião pelo menos 24 vezes. Todas as doze etapas do campeonato acontecem em países diferentes, do México ao Marrocos, e da República Checa à Macau, por exemplo. Fora isso, ainda existem aquelas viagens exclusivamente para treinamentos, além de muitos compromissos com patrocinadores.

"Fica difícil fazer planos para o futuro. Não tenho rotina, sempre acabo viajando. Meu calendário é definido apenas para as três próximas semanas. Além disso, eu não sei o que vai acontecer", explicou.

Mesmo em Curitiba, onde pode rever a família, o tempo curto também não dá trégua. Entre compromissos comerciais, eventos de divulgação e os treinos para as provas deste domingo, no Autódromo Raul Boesel, o piloto de 26 anos precisa encaixar espaços para fazer o que gosta.

"Os eventos de trabalho sempre ocupam muito tempo. Quase não tenho tempo nem para descansar e ficar com a família. E quando estou em casa também preciso cuidar da parte física, que acaba sendo uma corrida", disse.