Gana e Costa do Marfim, as duas seleções mais badaladas da África na atualidade, estão a um passo da decisão da Copa Africana de Nações e tentarão dar esse passo hoje, dia de disputa das semifinais do torneio. A tarefa de evitar que aconteça a final que todos esperam cabe a Zâmbia, que enfrentará os ganenses, e Mali, que jogará contra os marfinenses.
Depois de chegar às quartas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Gana tem um conjunto muito forte e alguns jogadores que se destacam, como o meia Andre Ayew e o atacante Asamoah Gyan. Às 14 horas (de Brasília), o time ganense entrará em campo para enfrentar a seleção de Zâmbia na condição de favorito, e sabe disso.
"Nós não teremos desculpas", disse o meia Muntari, um dos titulares de Gana. "Há sempre uma pressão sobre os favoritos. Nós temos jogado bem desde a Copa do Mundo de 2006 e as pessoas esperam muito de nós. E nós também esperamos muito da nossa equipe", completou o jogador, que recentemente trocou a Inter de Milão pelo Milan.
Do outro lado do gramado do Estádio de Bata, na Guiné Equatorial, estará um candidato a zebra. Zâmbia, equipe em que muito pouca gente apostava antes do início do torneio, chegou à semifinal com três vitórias e um empate em quatro jogos no sábado, despachou o Sudão por 3 a 0 nas quartas de final (Gana, por sua vez, sofreu para vencer a Tunísia por 2 a 1, na prorrogação).
Mais tarde, a partir das 17 horas (de Brasília), a cidade de Libreville, no Gabão, receberá o duelo entre Costa do Marfim e Mali. A campanha dos marfinenses fala por si própria: o time venceu os quatro jogos que disputou no torneio sem levar um único gol. Nas quartas de final, acabou com o sonho de Guiné Equatorial, um dos países-sede da Copa Africana, com uma contundente vitória por 3 a 0, com dois gols do astro Didier Drogba e outro do volante Yaya Touré.
A tarefa de Mali, que eliminou o outro anfitrião do torneio, o Gabão (vitória nos pênaltis após empate por 1 a 1), é das mais complicadas. Mas o técnico Alain Giresse (foto), astro da seleção francesa nos anos 70 e 80, acredita em seus jogadores. "Seremos humildes, mas não teremos medo. Sabemos que os números deles [Costa do Marfim] são muito bons, mas a realidade não está nos números, mas no campo", avisou.
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