Coxa ainda sonha com o Mundial 2014 no Couto

O Coritiba ainda não desistiu de transformar o Couto Pereira em palco da Copa do Mundo de 2014. Aproveitando-se de um indicativo do presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, que afirmou em entrevista recente que a Baixada não está confirmada caso a capital paranaense seja escolhida pela CBF como uma das sedes do torneio, o Alviverde voltou a brigar pela indicação. Do Couto ou de um novo complexo esportivo que poderá ser erguido em outro local da cidade.

A CBF planeja organizar o Mundial com dez a doze sedes. O anúncio oficial das candidaturas vencedoras está programado para ocorrer em março de 2009. "Estamos no páreo", resumiu o presidente do clube, Jair Cirino dos Santos.

A cúpula coxa-branca segue trabalhando intensamente, mesmo sem ter a garantia da oficialização de Curitiba. De acordo com Cirino, até o fim do ano deve ficar pronto um estudo que indica qual o melhor caminho a ser tomado. Se a construção de um novo estádio, mais afastado da região central, com capacidade para receber aproximadamente 40 mil torcedores, ou a simples remodelação do Alto da Glória.

"Isso não é segredo para ninguém. É, inclusive, uma promessa minha de campanha. Só que não se tem uma resposta sobre um empreendimento desta magnitude da noite para o dia. Precisamos de paciência", afirmou o dirigente.

Resolvendo a questão interna, o Coritiba vai ao mercado em busca de um parceiro para a obra. Já existem conversas preliminares em andamento, que só não avançaram justamente por causa da indefinição sobre o projeto. Uma dessas sondagens começou no primeiro semestre, com a empresa de engenharia WTorre, de São Paulo, que acaba de se associar ao Palmeiras na reforma do Palestra Itália.

Os dois lados confirmam o encontro preliminar, mas ressaltam que, por ora, não há nada de concreto. "Não temos definição. Estamos trabalhando em várias frentes. Também com a WTorre", explicou Cirino. "O que houve foi uma conversa cordial. Só que, por enquanto, de certo mesmo só o Palmeiras e que pretendemos ir para outras cidades. Curitiba é interessante. Não descartamos ninguém. Mas, repito: não temos nada oficial com Coritiba, Atlético ou Paraná", disse o João Carlos Mansur, executivo destacado pela escritório de engenharia para cuidar da seção estádios.

Mansur explica que a WTorre finaliza até o próximo mês uma pesquisa sobre o mercado curitibano. Caso seja considerada apta comercialmente, a empresa passa a buscar na cidade um parceiro que se alinhe com a sua filosofia. "Pretendemos entrar em dez cidades importantes. Tirando São Paulo, temos Belo Horizonte, Rio, Salvador, Recife e Curitiba, entre outras. Com o Palmeiras descobrimos a fórmula do bolo. Agora é ver quem se adapta a ela", comentou, indicando a transparência como requisito fundamental para a associação.