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Keirrison comemora o discutível pênalti que selou o 1 a 1 com o Inter: quarto empate no Brasileiro | Felipe Rosa/ Tribuna
Keirrison comemora o discutível pênalti que selou o 1 a 1 com o Inter: quarto empate no Brasileiro| Foto: Felipe Rosa/ Tribuna

O jogo

Um pênalti bem cavado por Keirrison salvou o Coritiba da derrota em casa. O responsável pela cobrança foi Alex, aos 29/2º, igualando o placar inaugurado meio sem querer por Wellington Paulista.

Em um cenário em que a vitória aliviaria um início complicado no Brasileirão e mais uma derrota agravaria a crise no Alto da Glória, o Coritiba ficou no meio termo: escapou de mais um revés, mas só empatou por 1 a 1 com o In­­ternacional, ontem, no Cou­­to Pereira.

Em seis jogos, o time segue sem vencer na competição. Má campanha que fez o capitão Alex soltar críticas sinceras. "Às vezes falta qualidade e personalidade. Temos de trabalhar muito para reverter essa situação", desabafou o veterano, autor do gol de pênalti – discutível – que selou a igualdade.

Ao fim da partida, todo o elenco se reuniu no centro do gramado antes de deixar o campo. Entre o que foi falado, o incentivo para deixar a incômoda parte baixa da tabela. O Coritiba tem quatro pontos, 22,2% de aproveitamento, encravado na zona de rebaixamento (18.ª colocação). "Estamos trabalhando exaustivamente, mas não está acontecendo como imaginamos. Os gols [que sofremos] não são trabalhados pelos adversários, mas oferecidos por nós. Temos de diminuir esse porcentual", destacou Alex.

Foi assim ontem. Das arquibancadas, o torcedor coxa-branca viveu mais um roteiro de sofrimento. Na despedida temporária de seu estádio – o Couto Pereira está a partir de hoje sob os cuidados da Fifa para treinos das seleções durante a Copa – o que se viu foi um time que não soube aproveitar os desfalques do Colorado: sete, entre eles, Rafael Moura e D’Alessandro.

O Colorado chutou menos a gol, mas contou com a sorte para abrir o placar, aos 20/1.º. No chute de Alan Patrick, a bola desviou no pé de Wellington Paulista, tirando o goleiro Vanderlei da jogada. Já o Alviverde mais uma vez falhou demais. Ao todo, chutou 18 vezes ao gol de Dida; apenas cinco em direção ao alvo.

Marcou de pênalti, com Alex, aos 29/2.º, para desespe­ro dos gaúchos, que ficaram na bronca com o árbitro El­­mo Alves Resende Cunha (GO). "Ele [Keirrison] chutou a bola e caiu. Não toquei nele", ressaltou o goleiro Dida. Já o atacante escapou da polêmica sobre se teria simulado a queda ou não. "Foi pênalti, não é? Tínhamos de buscar a vitó­­ria em casa, independentemente se era contra o líder", esqui­­vou-se.

Sem o Couto, o último jogo do Coxa antes do recesso, contra o Goiás, será na Vila Capanema. Antes, Atletiba em Maringá e Criciúma fora.

Atletibas com torcida única na mão do MP

Leonardo Mendes Júnior

Os dois Atletibas do Brasi­­leiro devem ser jogados com torcida única. Atlético e Coritiba já entraram em acordo e encaminham, hoje, um pedido formal ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). A alegação é o risco elevado de confronto entre torcidas no clássico do primeiro turno, domingo, no Willie Davids, em Maringá. Por isonomia, o acordo valeria também para a partida do returno, no Couto Pereira.

A iniciativa partiu do presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia. Ele telefonou, no começo da semana, para Vilson Ribeiro de Andrade. A sugestão foi prontamente aceita. O temor principal dos dirigentes é por brigas não só na estrada entre Curitiba e Maringá, mas também dentro do estádio.

O clássico será no interior como parte da punição ao Rubro-Negro pela pancadaria em Joinville, no jogo contra o Vasco, pelo Brasileiro do ano passado. Em caso de tumulto entre torcidas, mesmo na condição de visitante, o Coritiba também estaria sujeito a punições.

"É uma temeridade fazer o clássico com duas torcidas no interior. É um jogo em que só vai quem está disposto a briga. Imagine o risco na estrada", afirmou Andrade.

O pedido será analisado pela promotora de Justiça Fernanda da Silva Soares, da 1.ª Promotoria de Defesa do Consumidor de Curitiba. Ela disse já ter recebido um pedido informal por torcida única de uma das organizadas. Por ainda não ter em mãos a alegação dos clubes, ela preferiu não se pronunciar.

A praxe é o MP-PR manter o jogo com duas torcidas, para respeitar o direito do consumidor de ir ao estádio. Somente uma consistente alegação de risco à segurança do público é capaz de mudar este parecer.

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