A partida de hoje, às 16 horas, contra o Paranavaí, no Couto Pereira, vale bem mais para o Coritiba do que simplesmente a classificação para a decisão do Campeonato Paranaense. Representa a confirmação de que o trabalho feito até o momento está no rumo certo. E a chance de entrar embalado na Série B, ostentando, talvez, o título de melhor time do estado.
Derrotado no interior por 3 a 2 no domingo passado, um triunfo por placar mínimo já garante a classificação coxa-branca no duelo de hoje com o Vermelhinho.
Surpreendido pelo Botafogo em casa na quinta-feira, resultado que dificultou a permanência na Copa do Brasil precisa vencer por dois gols de diferença no Rio de Janeiro ou por vantagem mínima caso marque ao menos duas vezes , é para o Estadual que o Alviverde volta os olhos para salvar o primeiro semestre.
Uma desclassificação prematura diante de um adversário de menor expressão pode significar o retorno de velhos fantasmas ao Alto da Glória. A volta das mesmas cobranças que prejudicaram o início da preparação do time para o Brasileiro do ano passado, após a derrota nos pênaltis para a Adap, também na semifinal do Paranaense-06.
E a turbulência costuma fazer vítimas. Alvo potencial de todo erro de planejamento, é sobre os ombros ou a cabeça do técnico que recaem os efeitos de uma série negativa. Guilherme Macuglia tem consciência da pressão que ronda o Coritiba. Até por isso, e beneficiado pelo retorno de peças importantes que estavam machucadas, o técnico lança mão de uma formação mais ofensiva, com três armadores (Pedro Ken, Caíco e Juliano) e apenas um volante (Juninho).
"Futebol é pressão, para os jogadores e treinador. E quem trabalha no Coritiba sabe que terá de conviver com isso a todo momento. Estamos entre o céu e o inferno", comentou. "Primeiro nos cobravam para montar o elenco, depois para classificar e agora querem o título. Não tem jeito, será assim sempre", completou ele.
Lançado na equipe principal logo após um dos momentos mais traumáticos da história alviverde, o rebaixamento em 2005, o zagueiro Henrique virou titular e mais tarde capitão do time em meio ao tumultuado ambiente que marcou a trajetória coxa na temporada passada. Por isso, mesmo aos 19 anos, ele acumula também a função de "orientador anticrise" do elenco.
"Estamos fechados, conscientes da importância da classificação. Não podemos ficar quase 20 dias de férias, sendo cobrados", afirmou o jogador, o único titular ao lado de Artur a se salvar da crise pós-permanência na Segunda Divisão.
- Na TV: Coritiba x Paranavaí, às 16 h, na Globo/RPC.
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Em CuritibaCoritiba x Paranavaí
CoritibaArtur; Anderson Lima, Henrique, Douglão e Douglas Silva; Juninho, Pedro Ken, Juliano e Caíco; Eanes e Keirrison. Técnico: Guilherme Macuglia.
ParanavaíVanderlei; Rodrigo De Lazzari, Robenval (Wagner Andrade) e Diego Correia; Adriano, Márcio, Tales, Agnaldo e Roque; Tiago e Edenilson. Técnico: Amauri Knevitz.
Estádio: Couto Pereira.Horário: 16 horas.Árbitro: Maurício Batista dos Santos.Auxs.: José Amilton Pontarolo e Adair Carlos Mondini.
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