O torcedor coxa-branca poderá esperar menos do que até o dia 14 de setembro para ver o time em ação em casa no Brasileiro da Série B. Passado o impacto do segundo julgamento, em que o Coritiba se viu punido com a pena máxima novamente ainda que apenas uma vez, e não três como na primeira decisão, a estratégia do jurídico do Coxa é esgotar os recursos e diminuir ainda mais o número de jogos longe do Couto, hoje em 10.
Como a decisão pela condenação máxima não foi unânime, o diretor jurídico Gustavo Nadalin pedirá na próxima segunda-feira, 15, nova revisão do processo. "Exatamente", disse, confirmando o recurso: "Agora é provar que tivemos atitudes para reprimir a baderna e reduzir a pena. Vamos descaracterizar aquilo que quiseram imputar ao Coritiba". A partir de segunda, nova contagem para um terceiro julgamento, a critério da presidência do STJD. De preferência antes da estréia na Segundona. "Temos tempo hábil até o início do Brasileiro para que isso seja julgado", contemporiza Nadalin.
Mas a briga deve parar por aí. Diz o artigo 231 do segundo capítulo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que, uma vez esgotadas as possibilidades na justiça desportiva, o clube ou o atleta podem, sem sanções, buscar recurso na justiça comum. O Coxa não pretende se arriscar nesse campo. "A gente analisou mas ainda existe a questão FIFA", lembra o advogado. Ele se refere a punição que a entidade máxima do futebol impõe às confederações nacionais cujos filiados seguem esse caminho.
"Eu acho que se você não confrontar no momento em que você tem uma Copa pela frente é melhor. Agora, se tivesse uma injustiça na manutenção dos 30 mandos, aí você teria que corrigir. Mas não é o caso", falou Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do clube, de certa forma se conformando com os 10 jogos de pena. Tanto ele quanto Nadalin lembraram que o Coxa entrou para a história com as penas mais duras do futebol nacional: essa e o rebaixamento em 1989, após o episódio de Juiz de Fora.
Enquanto isso Joinville ganha mais força como nova sede do Coxa, à partir do início do Nacional. Com 130 quilômetros de distância da capital paranaense, a cidade catarinense preenche a exigência da CBF por mais de 100 quilômetros na indicação do estádio após perda de mando. Paranaguá, a 90 quilômetros, foi indicada. "A gente tentou, mas a CBF não deferiu", lamentou Vilson Andrade, a falta de força política no caso.
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