As cinco derrotas consecutivas expuseram muitas fragilidades do Coritiba. Mas quem prefere uma explicação fora do convencional deve ter percebido uma coincidência interessante: o time ainda não conquistou um ponto sequer no mês de seu aniversário. Um verdadeiro "inferno astral". Fase que estará à prova na partida de hoje contra o Cruzeiro, às 20h30, no Couto Pereira.

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E não é de hoje que o Coxa, fundado em 12 de outubro de 1909, vem sofrendo sempre na mesma época. Foi assim nos cinco últimos anos. Em 2000, 2001 e 2002 o clube só venceu no último jogo do mês. Até em 2003, melhor campanha recente, a equipe deu uma patinada. E no ano passado não conseguiu nenhuma vitória no período.

A diferença é que nunca o Alviverde chegou ao fim do mês tão ameaçado. Os jogadores sabem que não podem colocar a culpa nos astros. Mas são unânimes ao dizer que, quando se cai na má fase, tudo dá errado. "A bola passa a bater na trave e sair, enquanto a do adversário entra; jogadores importantes se machucam... Não podemos nos desesperar", diz o capitão Reginaldo Nascimento, que viveu todos os "outubros negros" do Coritiba desde 2001.

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Além de poder colocar o Coxa na zona de rebaixamento, mais um insucesso levaria ao time à pior seqüência de derrotas em Brasileiros. A atual igualou o recorde negativo de 2001. Mas há quatro anos o pior momento foi em setembro, justamente no período em que os especialistas apontam a ocorrência do inferno astral: um mês antes da nova idade.

Segundo os astrólogos, a data do aniversário marca uma mudança de ciclo. Ou seja, as coisas deveriam voltar a dar certo. O clube até se esforçou para entrar em uma nova fase. Trocou de treinador exatamente no dia 12 – um dia após a derrota sobre o Paysandu, que estragou o jantar de aniversário do clube – e teve bons momentos nas partidas diante de Atlético e Botafogo. Porém amargou mais dois resultados negativos.

Para os otimistas, outra coincidência serve de contraponto. As únicas duas vitórias no segundo turno aconteceram em um dia 25, como hoje: em agosto, contra o Fortaleza, e em setembro, sobre o Vasco, ambas no Alto da Glória e por 2 a 0. Pode ser um prenúncio de que o inferno astral não vai mais atrapalhar. Pelo menos em 2005.

Em Curitiba

CORITIBA

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Douglas; James, Vágner, Reginaldo Nascimento e Ricardinho; Márcio Egidio, Humberto, Jackson e Caio; Anderson Gomes e Peabiru. Técnico: Antônio Lopes Júnior.

CRUZEIRO

Fábio; Jonatan, Marcelo Batatais, Irineu e Wagner (Leandro Silva); Maldonado, Fábio Santos, Adriano e Kelly; Diego e Alecsandro. Técnico: Paulo César Gusmão.

Estádio: Couto Pereira. Horário: 20h30. Árbitro: Luís Antônio Silva Santos (RJ). Auxs.: Nalcy José da Silva (RJ) e Élson Passos Sena Filho (RJ).

Coritiba x Cruzeiro, às 20h30, no Premiere Esportes.

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