Apesar do péssimo início no Campeonato Brasileiro, Marcelo Oliveira conta com o apoio irrestrito da diretoria coxa-branca| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

A traumática perda de um título inédito e um início ruim no campeonato mais importante da temporada, fatos que no mundo do futebol seriam mais do que suficientes para colocar um treinador na berlinda, não se refletem no Coritiba.

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Apesar do momento desfavorável no Brasileiro (18.ª colocação, com 4 pontos), a confiança do clube no técnico Marcelo Oliveira não estremeceu e o comandante segue em alta no Alto da Glória.

Para explicar as razões pelas quais o Coxa mantém o discurso de que o treinador está mais do que seguro no cargo, o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade utiliza dois argumentos. O primeiro é a filosofia profissional implantada no clube, que não vê benefício algum em interromper um trabalho que tem pouco mais de seis meses e já trouxe bons frutos, como uma inédita final da Copa do Brasil. O outro motivo são os números.

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"Veja quantas derrotas tivemos no ano. Foram quatro [em 40 partidas]. Não tem como criticar o treinador assim. Temos de ter inteligência, razão, e profissionalismo", declarou o vice-presidente, que tratou de afastar qualquer ação "amadora" da diretoria.

"Acompanhamos o dia a dia e vemos o comando e qualidade do Marcelo", citou Andrade.

O histórico da atual diretoria coxa-branca aponta mesmo para uma maneira mais "moderna" de se administrar uma equipe.

Foi assim também quando Ney Franco foi mantido no cargo após a queda para a Série B, em 2009. A aposta no trabalho conjunto foi certeira e o acesso veio sem percalços. Por isso nesta temporada o ambiente tranquilo permanece intacto.

"Não me preocupo com isso [pressão], no sentido de que cuido do muito do trabalho. Acho que é a conduta, a seriedade do dia a dia, o elenco que temos, isso nos dá sustentação. Até porque pontuamos, mas estamos jogando de forma produtiva", afirmou Oliveira.

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Para o técnico, no entanto, chegou a hora de cada um agregar algo mais ao trabalho. Só assim, e com a cabeça no lugar, a adversidade poderá ser contornada e os bons momentos poderão retornar.

"Lembro-me de quando estabelecemos 24 vitórias e ganhamos o Paranaense invicto. Cheguei aqui [coletiva de imprensa] muito tranquilo e equilíbrio porque sabia do trabalho em conjunto. Treinador não ganha e não perde sozinho", garantiu.