Ney Franco, técnico do Coritiba, que hoje encara o Icasa, em Joinville| Foto: Fotos: Antonio More/ Gazeta do Povo

Entrevista

Jéci, zagueiro e capitão do Coritiba.

Você falou em "botar os pingos nos is" depois da derrota para o Figueirense. O que quis dizer?

Temos de corrigir os erros, não tomar gol de bola parada. O jogo contra o Figueirense é daqueles definidos em detalhes. Time que quer ser cam­­peão como a gente não pode dar essas bobeiras. Eles, quando perdiam a bola, passavam atrás da linha. Não fizemos, tem de corrigir.

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Foram sete meses e dez dias de tranquilidade absoluta, com título estadual, arrancada rumo à liderança da Série B e números impressionantes. O aproveitamento chegou a quase 80% dos pontos. Em todo o período, apenas três derrotas. Mas, nos últimos 20 dias, quatro derrotas ameaçaram o ambiente do Coritiba, que vê no Icasa o ad­­versário ideal para superar o trauma recente. Nesta terça-feira (31), às 19h30, em Joinville, o Coxa tenta brecar uma queda vertiginosa enquanto ainda está no G4.Se pudesse escolher um cenário para a retomada, o técnico Ney Franco até mudaria o palco – da Arena Joinville para o Couto Pe­­reira –, mas não mudaria o ad­­versário. O Icasa tem apenas um triunfo em oito jogos como visitante. Longe de Juazeiro do Norte, no Ceará, venceu o Sport, mas levou go­leadas de Figueirense (5 a 1) e ASA (3 a 0), além de mais quatro derrotas. "Eu concordo, mas neste momento o Icasa vem de uma boa vitória sobre a Ponte Preta. Inde­­pendentemente de qualquer coisa, temos de ganhar, marcar em ci­­­­ma deles. Além de ficar no G4, é vol­­tar a ter autoestima para retomar o caminho", afirmou o treinador.

Ele definirá o time momentos antes da partida. Se terá o retorno de Lucas Mendes no lugar do suspenso Triguinho na lateral-esquerda, a formação da meia-cancha vai depender do estilo de jogo que adotar. "O Marcos Paulo sai mais para o jogo e volta. O Léo Gago, quando chega, chega mais com possibilidades de finalização. Protegemos mais com o Léo, criamos mais com o Marcos. Mas tem o problema do gramado", diz Franco, dando a entender que pode jogar com Gago por causa das bolas paradas. Também manteria Betinho na frente, pensando nas jogadas aéreas. O volante Andrade já está confirmado no setor de marcação, bem como o meia Rafinha e o atacante Marcos Aurélio.

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Psicologicamente, Franco sente que o momento pede uma resposta. Para quem havia perdido apenas três jogos oficiais em oito me­­ses, as quatro derrotas recentes fo­­ram um baque. Mas ele faz tudo para evitar que o nervosismo tome conta. "São circunstâncias do futebol. Precisamos de uma vitória. Fo­­ram três histórias diferentes. No último jogo fomos aplicados, mas era difícil. Nos dois anteriores, o ad­­versário teve mais envolvimento, coisa que já foi sanada", garante.

Enquanto um placar luminoso na fachada do Couto Pereira aponta uma contagem regressiva da volta para casa (dia 18 de setembro, contra a Portuguesa), o Coxa tenta recuperar a linha em Joinville. "Está cansativo, são 21 jogos fora. Não é normal. Temos um problema muito grande que é esse deslocamento. Mas estamos fazendo tudo certo e fechamos com o grupo a meta de terminar o turno no G4 e não vamos abrir mão", diz o técnico, sonhando com a tranquilidade de dias atrás.

Ao vivo

Coritiba x Icasa, às 19h30, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes)