Claudia e Pedro Carmona, na ponte sobre o Arroio Chuí (RS).| Foto:

A partida de hoje, às 20h30, entre Coritiba e Botafogo, no Couto Pereira, poderia ser chamada também de o "jogo dos reencontros".

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A primeira volta ao passado enche de esperança os coxas-brancas e serve de inspiração para seguir vivo na Copa do Brasil. Há 16 anos (completados ontem), o Alviverde de Jorjão, Pachequinho e Levir Culpi tocava 3 a 0 no Alvinegro carioca e praticamente selava a classificação para a semifinal do torneio nacional, conhecido por ser o atalho mais curto à Taça Libertadores.

Os gols de Chicão, Pedrinho e Ronaldo deram a tranqüilidade necessária para o Coxa empatar por 1 a 1 no Caio Martins, em Niterói, e seguir na competição. Na melhor campanha do clube na história da Copa do Brasil, classificação repetida em 2001, o Coritiba pararia mais tarde no Grêmio, que na seqüência perderia o título para o Criciúma.

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"Esse é o desejo de todos, principalmente do nosso torcedor. Vamos fazer o máximo, mas não será fácil. O Botafogo faz um excelente Carioca, marca forte e chega com velocidade na frente. Só que nós estamos numa crescente e podemos dar um resposta positiva", disse o técnico Guilherme Macuglia, que não segurou os risos ao saber de uma das coincidências que unem o duelo de hoje com o passado.

"Vontade de repetir é lógico que dá. Mas não podemos nos basear muito nisso, é passado. Devemos sim tirar lições do último jogo (derrota para o Paranavaí por 3 a 2) para não errar mais", comentou o meia Pedro Ken.

Outra recordação, embora de gosto amargo para o Coritiba, também marca o confronto com o time da estrala solitária. Estará lá, pela primeira vez no banco de reservas do Alto da Glória após ter sido demitido, o homem que na opinião do presidente Giovani Gionédis foi determinante no rebaixamento da equipe em 2005.

Até hoje o dirigente se arrepende por não ter mandado embora o técnico Cuca após a derrota por 1 a 0 para o time reserva do Atlético, no primeiro turno daquele Brasileiro. Para Gionédis, a mudança no comando técnico na ocasião evitaria a queda para a Série B e os conseqüentes tumultos que marcaram a vida do clube.

Desde então a vida Alexi Stival, curitibano de Santa Felicidade, em sua terra nunca mais foi a mesma – Cuca chegou a ser proibido de entrar no CT da Graciosa para treinar o Botafogo no ano passado.

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"Como eu estava na categoria de base, não tive muito contato com o Cuca. Mas vi o trabalho dele aqui no Coritiba e sei que é um excelente treinador. Pode ter certeza de que ele vem aqui para conseguir um bom resultado", avaliou Ken.

O zagueiro Juninho e o meia Lúcio Flávio são dois outros ex-coritibanos que quase saíram execrados do Couto Pereira e atualmente fazem sucesso em General Severiano. Peças-chaves no esquema tático de Cuca, Juninho foi embora sem sequer ter tido uma seqüência de jogos na equipe principal. Já Lúcio Flávio, contratado para ser o maestro do time em 2002, partiu em seguida para o Atlético-MG sem brilhar nem deixar saudades.

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Em CuritibaCoritiba x Botafogo

CoritibaArtur; Anderson Lima, Henrique, Douglão e Douglas Silva; Juninho, Adriano, Túlio e Pedro Ken; Henrique Dias e Keirrison. Técnico: Guilherme Macuglia.

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BotafogoJúlio César; Joílson, Alex, Juninho e Luciano Almeida; Túlio, Diguinho, Leandro Guerreiro e Lúcio Flavio; Jorge Henrique e Dodô. Técnico: Cuca.

Estádio: Couto Pereira. Horário: 20h30. Árbitro: Euvécio Zequetto (MS) Auxs.: Adnílson da Costa Pinheiro (MS) e Alécio Aparecido Lezzo (MS).