O anúncio da contratação do técnico Gilberto Pereira, vice-campeão paranaense pela Adap e há sete meses dirigindo o Palmeiras B, inaugurou oficialmente ontem a política do bom e barato no Coritiba apesar da forte resistência da diretoria ao termo.
A nova estratégia é reflexo imediato à queda orçamentária do clube. Se em 2006 o Alviverde tinha aproximadamente R$ 19 milhões em caixa para administrar o futebol, a receita para o ano que vem gira em torno de R$ 10 milhões (valor ainda sem a aprovação do Conselho Deliberativo). Deste montante, a intenção é disponibilizar R$ 400 mil para o pagamento mensal da folha salarial, 150% a menos do que foi gasto durante parte da Série B-06, quando as despesas com salários passaram de R$ 900 mil para um pouco mais de R$ 1 milhão com as contratações de Paulo Miranda, Cristian, Edu Salles, Luís Paulo, Ney Santos e Leandro no meio do campeonato.
Por isso a opção quase obrigatória de trocar o técnico Paulo Bonamigo, cujos rendimentos batiam na casa dos R$ 60 mil/ mês, pelo novato Gilberto Pereira. Segundo pessoas próximas à cúpula alviverde, o ex-zagueiro receberá aproximadamente 1/3 do que ganhava o antecessor.
"A imprensa é negativista quando se refere ao Coritiba. Nenhum técnicos nos rejeitou, nós é que rejeitamos uma série de treinadores. Queríamos alguém da nova geração, que saiba trabalhar com a base e com jogadores de menor expressão. E, principalmente, montar um time com sangue nas veias", disse o presidente Giovani Gionédis, fazendo o tradicional gesto de bater com uma das mãos no braço, durante a apresentação de Gilberto Pereira.
A afirmação de Gionédis revela a segunda regra em vigor no Alto da Glória: apostar em jogadores jovens, com salários baixos e que queiram fazer da passagem pelo Coxa a "chance da vida". A intenção é repetir a política que há pelo menos dois anos faz sucesso no rival Paraná. Medalhões como Alberto (R$ 30 mil) e Caio (R$ 50 mil) darão lugar a revelações como Marcelo Bonan, Ozéia e Rafael Santiago (leia mais ao lado).
"Estou mais contente do que todo mundo por ter a chance de trabalhar no Coritiba, um clube que eu sempre gostei. Inicialmente pretendo me adequar à nova filosofia, já que a receita diminuiu. Não é o bom e barato, mas esse negócio do jogador vir aqui, só vestir a camisa e depois ir embora tem de acabar", analisou Pereira.
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